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Durante a edição desta quinta-feira (10) do programa Café com a Gazeta do Povo, a comentarista Cristina Graeml comentou o episódio envolvendo o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), que após ter sua cassação aprovada no Conselho de Ética da Casa, prometeu fazer greve de fome e dormir no parlamento.
De acordo com Cristina, o parlamentar faz parte da "bancada do esperneio" que é abrigada pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), ala extrema da esquerda política do país.
"É o partido mais radical da esquerda, formado por quem não gostou da mudança do Lula, ainda em 2003, na época do Lulinha paz e amor. Uma ala do Partido dos Trabalhadores se rebelou e decidiu ir ainda mais à esquerda e formar um partido novo, que segue esperneando e nunca conseguiram se desvencilhar do PT".
A comentarista recorda que Braga é assíduo em polêmicas e já teve processos encaminhados ao Conselho de Ética da Câmara. Além disso, ela reforça que o parlamento não é espaço para representantes como o psolista.
"Na primeira opinião contrária ou no primeiro xingamento parte para a violência física? Eles não querem mais colegas que agem dessa maneira. O processo de cassação é fruto de agressão, falta ver se a Comissão de Constituição e Justiça e o Plenário vão fazer sua parte", disse ela.
Greve de fome
Na última quarta-feira (9), o colegiado aprovou um parecer para que Glauber perca seu mandato de deputado. A votação teve início no ano passado e é justificada por uma quebra de decoro cometida pelo psolista.
A decisão foi motivada pela "expulsão" de um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional feita a empurrões e chutes pelo deputado em abril de 2024. O parlamentar já declarou que vai recorrer da decisão.
Após a aprovação de sua cassação, como contamos na matéria de Carinne Souza, na Gazeta do Povo, o congressista declarou que não deixaria o espaço do Congresso Nacional até o fim do processo. Ele também prometeu fazer greve de fome.
"A partir do dia de hoje eu vou permanecer aqui, nesse plenário, e quem quiser chamar de greve de fome, chame de greve de fome ou chame como queira, mas eu vou dar manutenção a uma ação de não rendição ao orçamento secreto, a Arthur Lira e companhia", disse.




