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Procura-se comprador

Como é o negócio da “ilha” brasileira que foi colocada à venda por R$ 50 milhões

Ilha à venda por R$ 50 milhões em Goiás pode ser usada para parque aquático, resort ou hotel de luxo.
Ilha está à venda por R$ 50 milhões em Goiás; estado possui opção mais barata. (Foto: Márcio Araújo/Divulgação/WA Negócios Imobiliários)

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As ilhas paradisíacas não estão presentes apenas no litoral brasileiro. Uma delas está à venda por R$ 50 milhões, bem longe do mar: no Centro-Oeste do país. Situada no lago Serra da Mesa, em Goiás, despertou o interesse de um cantor sertanejo famoso e de investidores franceses.

Localizada no município de Niquelândia (GO), a "ilha" pode ser usada para a construção de empreendimentos turísticos, como parque aquático, resort e hotéis de luxo, ou até mesmo ser adquirida para loteamento imobiliário. Maior lago artificial em volume de água da América Latina, Serra da Mesa é utilizado por praticantes de navegação e também na promoção de circuitos de pesca esportiva na região, que abrange os municípios de Uruaçu, Colinas do Sul e Niquelândia.

De acordo com informações do corretor Welerson Antunes, o terreno plano permite a construção de uma pista de pouso para aeronaves e não possui cavidades ou depressões, o que facilita a execução de diversos projetos. Além dos investidores franceses, ele diz que empresários paulistas, pecuaristas e incorporadoras entraram em contato sobre a ilha, que está à venda há mais de um ano.

Ilha à venda por R$ 50 milhões surgiu da área de uma antiga fazenda que foi inundada para a construção da usina hidrelétrica de Serra da Mesa, em Goiás.Ilha à venda por R$ 50 milhões surgiu da área de uma antiga fazenda que foi inundada para a construção da usina hidrelétrica de Serra da Mesa (GO). (Foto: Márcio Araújo/Divulgação WA Negócios Imobiliários)

Segundo Antunes, um dos diferenciais da área é a baixíssima incidência de mosquitos, pernilongos e mutucas na vegetação, devido às águas alcalinas. “O relevo, a ventilação e até a presença de minérios no local contribuem para essa singularidade”, explica o corretor.

A ilha pertencia a uma grande fazenda, mas parte da terra foi desapropriada para a construção da Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, no rio Tocantins. Com a inundação provocada pela represa, uma parte da propriedade — localizada em um ponto mais elevado — não foi afetada, o que acabou dando origem à ilha.

A área particular possui dois quilômetros de comprimento, com largura que varia de 500 metros a 1,5 quilômetro. O acesso é feito apenas por via aquática, pois não há pontes ligando a ilha a rodovias.

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Praticamente no coração do Cerrado, uma ilha de 220 mil metros quadrados, entre Goiás e Minas Gerais, está à venda por R$ 10 milhões. A ilha fica na represa de São Simão, entre os municípios de Itumbiara (GO) e Tupaciguara (MG) e possui a mata virgem preservada, cercada por água doce.

“O local tem escritura, registro e matrícula individual, o que possibilita loteamento ou construções, como um resort, desde que respeitando as leis que regem os municípios onde ela está localizada”, comenta Antunes. A área é classificada como remanescente ilhado, por se tratar de terras com relevo mais alto em reservatórios de acumulação de água para geração de energia elétrica, assim como no caso da ilha de Serra da Mesa.

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Uma ilha pode ser vendida no Brasil?

As ilhas que se formam em áreas de lagos e rios são consideradas bens imóveis, da mesma forma que os terrenos e casas comuns. Nesses casos, a transação imobiliária é permitida e o comprador será o proprietário do espaço.

No caso de ilhas marítimas é possível comprar o direito pelo uso. O comprador não se torna proprietário, mas poderá usar e ocupar a área. Geralmente, as negociações por uma ilha marítima são feitas por meio de uma cessão onerosa ou por concorrência pública.

Na cessão onerosa, o comprador paga o valor estipulado e em troca recebe uma espécie de licença para poder usufruir da ilha. Ela costuma ser voltada a pessoas físicas, que queiram usar a área apenas para morar ou preservar a propriedade.

“O comprador pode perder o direito sobre a ilha caso não cumpra as regras da cessão, especialmente em relação a três pontos: inadimplência, descumprimento das restrições ambientais ou em casos de guerra”, explica o coordenador jurídico do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) de Goiás, Fernando de Pádua.

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