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Operação Costa Nostra

Imóveis de luxo no litoral de SC são alvos de operação policial

Operação Costa Nostra
Operação Costa Nostra cumpriu 143 ordens judiciais. (Foto: Divulgação/Polícia Civil RS)

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Uma pousada avaliada em R$ 5 milhões em Porto Belo e uma casa de R$ 3 milhões em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, estão no centro do funcionamento de uma organização criminosa do Rio Grande do Sul que lavava dinheiro proveniente do tráfico de drogas. É o que sustenta a Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil gaúcha na operação Costa Nostra, deflagrada na manhã desta quinta-feira (3).

Ao todo, foram cumpridas 143 ordens judiciais, sendo 38 mandados de busca e apreensão, cinco de sequestro de imóveis, oito restrições de veículos, 22 bloqueios de contas bancárias, 44 quebras de sigilo bancário e fiscal, 25 quebras de sigilo telemático e uma ação controlada. Foram apreendidos dinheiro vivo, carros, motos, celulares, documentos e uma arma de fogo.

As ações da Polícia Civil foram feitas em Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa e Tramandaí, no Rio Grande do Sul; e em Balneário Camboriú, Palhoça e Porto Belo, em Santa Catarina. De acordo com as investigações, que começaram em 2023, o grupo criminoso usava os imóveis no litoral catarinense para lavar dinheiro ainda tinha uma empresa de fachada e um patrimônio superior a R$ 8 milhões que incluía lancha, moto aquática, motocicletas e veículos de luxo.

Segundo o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, titular da Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, os investigados da operação Costa Nostra não apresentam fontes de renda lícitas que justifiquem o aumento do patrimônio nos últimos anos. "Chama a atenção o volume de movimentações financeiras realizadas pela organização criminosa em curtos períodos", destaca.

A companheira de um dos líderes do grupo, segundo a polícia, teria movimentado R$ 1,6 milhão em quatro meses, entre setembro e dezembro de 2024. Um dos laranjas do grupo criminoso teria movimentado R$ 1,14 milhão em dois meses.

A investigação que culminou na Operação Costa Nostra teve início após o encerramento de um inquérito que apurava uma tentativa de homicídio ocorrida em julho de 2023, quando um dos líderes da organização criminosa ordenou a morte de um dos integrantes do grupo. Na ocasião, a vítima foi sequestrada pelos executores e levada ao mandante, que determinou sua execução. No transporte para outro local, conseguiu pular do carro e, mesmo atingida por disparos de arma de fogo, conseguiu fugir e receber atendimento médico.

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