Institutos de meteorologia alertam para risco de novas tempestades severas no Rio Grande do Sul

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Dois novos alertas de tempestades e eventos climáticos severos colocam o Rio Grande do Sul em atenção máxima, mais uma vez, depois de uma segunda-feira (6) de breve estiagem que trouxe à tona os estragos provocados pelas chuvas e a necessidade de resgaste de pessoas em situação de risco.

Antes mesmo de se recompor e salvar quem está ilhado pelo estado com mais de 200 barreiras, o Rio Grande do Sul terá de enfrentar novos volumes consideráveis de chuvas, que podem voltar a castigar o estado ainda nesta segunda com condições climáticas que se estendem até quarta-feira (8).

Os gaúchos sofrem as consequências dos temporais da última semana com 83 mortes confirmadas até a manhã de segunda-feira, 111 desaparecidos ou sem comunicação, 850 mil pessoas atingidas, 19 mil abrigados em espaços públicos e mais de duas centenas de feridos.

Os novos alertas vermelhos para tempestades foram emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e outro pelo Instituto ClimaTempo para diferentes regiões do Rio Grande do Sul.

Segundo o Inmet, parte dos temporais deve levar perigo extremo ao sudeste e sudoeste do estado. As regiões mais castigadas com as chuvas da semana passada foram Porto Alegre, região metropolitana da capital, serra gaúcha e centro do estado.

A precipitação acumulada prevista para as próximas horas pode ultrapassar os 100 milímetros, acompanhada por granizo e rajadas de vento de até 100 km/hora. Entre as cidades em condições de perigo máximo estão: Arroio Grande; Chuí; Herval; Jaguarão; Pedras Altas; Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.

O outro alerta da meteorologia no Rio Grande do Sul, este emitido pelo ClimaTempo, considera que as condições extremas são forçadas pela aproximação de uma nova frente fria, que pode atingir o sul do estado e o litoral sul. No oeste e campanha gaúcha, as pancadas podem ganhar força a partir desta tarde. A boa notícia é que haverá trégua na precipitação, ao menos pelas próximas horas, nas regiões central, litoral norte, serra, vales e região metropolitana de Porto Alegre.

Ao menos 345 cidades gaúchas foram atingidas pelas inundações da última semana e 121 mil pessoas estão desalojadas. Uma grande mobilização se formou para prestar auxílio humanitário. São bombeiros, socorristas e voluntários de todos os cantos do país designados ao Rio Grande do Sul, além do auxílio de países próximos.

Por todo o Brasil há centenas de pontos de arrecadação de alimentos, produtos de higiene, água potável entre outros itens. Há ainda cadastro para voluntários que desejam auxiliar nas buscas, distribuição de donativos e atendimento aos atingidos.

Para quem quiser fazer doações em dinheiro, o governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para destinações no SOS Rio Grande do Sul. A conta no Banrisul recebe doações pela chave no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ): 92.958.800/0001-38. Este é o mesmo canal de doações às vítimas dos temporais registrados no ano passado.