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O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, usou suas redes sociais para denunciar mais um incêndio que destruiu uma réplica da Estátua da Liberdade tradicionalmente colocada em frente às suas lojas. Desta vez, o fato ocorreu da filial de Petrolina (PE) e foi registrada na madrugada desta terça-feira (23). Para Hang, o ato representa “mais do que um ataque a um símbolo da marca”. Para ele, o episódio é reflexo de intolerância contra a liberdade de pensamento.
“Foi um ataque ao que acreditamos: o direito de pensar diferente. Em que sociedade estamos vivendo, em que as pessoas não aceitam o contraditório?”, questionou Hang. Segundo o empresário, episódios semelhantes já foram registrados em São Carlos (SP) e Porto Velho (RO), sem que os autores fossem identificados. “É a terceira vez que colocam fogo em nossas estátuas. Até hoje, sem solução”, disse.
Hang destacou ainda que a Havan gera atualmente 22 mil empregos diretos e 120 mil indiretos em todo o país, e que a empresa deseja apenas “continuar abrindo lojas, gerando emprego e renda”. “Não podemos normalizar esse tipo de ataque de ódio. E não podemos deixar impune, mais uma vez. Nossa estátua já diz tudo: Liberdade. E é por ela que sempre vamos lutar”, completou.
O empresário também pediu a colaboração da população para identificar os responsáveis pelo incêndio em Petrolina. Ele divulgou um telefone de contato para denúncias: 0800 517 0051.
Ação foi registrada por circuito de câmeras da Havan
Imagens do circuito de segurança da Havan revelaram, segundo a polícia local, que dois homens chegaram à estrutura por volta das 2h, atearam fogo e fugiram. Segundo as forças de segurança, o Corpo de Bombeiros foi acionado pouco após as 3h e conseguiu conter o incêndio, que se espalhou para parte de um terreno vizinho. Não houve registro de feridos. Apenas a base metálica da estátua resistiu.
A Polícia Civil de Pernambuco disse ter instaurado um inquérito para apurar os crimes de dano e incêndio doloso. Até o momento, os suspeitos não foram identificados.
Em nota oficial, a Havan classificou o episódio como “ato criminoso” e afirmou que acompanha as investigações para que os responsáveis sejam responsabilizados. “A empresa não vai tolerar ataques contra o patrimônio e contra um dos símbolos que representam a marca e a liberdade”, destacou o comunicado. A empresa reforçou que pretende recuperar a fachada da loja em Petrolina, mas ainda não há previsão para a reconstrução da estátua.
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