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O papa Francisco autorizou nesta segunda-feira (14) a beatificação do padre Nazareno Lanciotti, que foi assassinado dentro de uma paróquia em Mato Grosso após celebrar uma missa em 2001. A Arquidiocese de Cuiabá (MT) afirmou, em nota, que a Igreja Católica “reconheceu oficialmente o martírio” de Lanciotti.
Ele iniciou a vida eclesiástica em Roma, na Itália, mas em 1971 deu início a um trabalho missionário no Brasil através da Operação Mato Grosso. O sacerdote diocesano fundou uma paróquia dedicada a Nossa Senhora do Pilar em Jauru (MT) e atuou no país por 30 anos.
Segundo a Arquidiocese, ele foi assinado devido a “sua dedicação pastoral e luta contra a injustiça”, pois denunciou a exploração de crianças e adolescentes, os esquemas de prostituição e o tráfico de drogas na região e “confrontou interesses escusos que ameaçavam a dignidade dos mais pobres”.
“Por isso, tornou-se alvo de perseguições e intimidações. Foi em 11 de fevereiro de 2001, enquanto jantava com colaboradores, que ele foi brutalmente atacado por dois criminosos encapuzados que invadiram sua residência. Gravemente ferido, padre Nazareno resistiu por alguns dias, mas faleceu em 22 de fevereiro de 2001, aos 61 anos”, diz o comunicado.
Padre Nazareno criou 57 comunidades eclesiais rurais, fundou um dispensário médico, que posteriormente deu origem a um dos hospitais mais ativos da região, construiu uma casa de repouso para idosos e uma escola para centenas de crianças.
Em 1987, ingressou no Movimento Sacerdotal Mariano, tornando-se seu diretor nacional no Brasil. De acordo com a Arquidiocese, ele viajou pelo país, organizando “cenáculos de oração e retiros espirituais, incentivando a consagração ao Imaculado Coração de Maria entre sacerdotes e leigos”.



