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Duas pessoas foram presas nesta sexta (29) suspeitas de lavarem dinheiro do PCC em Campinas (SP) durante uma operação contra um plano da facção para executar um promotor e um comandante da polícia do estado. Ainda há um terceiro foragido que, segundo as investigações, está foragido na Bolívia.
As prisões ocorreram um dia depois da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelarem um esquema bilionário da organização criminosa para lavar dinheiro do tráfico de drogas com a adulteração de combustíveis e fundos de investimentos. As duas prisões foram de empresários do comércio de veículos e transportes na cidade paulista.
“Durante as investigações, surgiu a notícia de que um dos empresários ligados a integrantes do alto escalão do PCC estaria tramando matar um dos promotores de Justiça do Gaeco e um comandante da polícia. As informações chegaram na última quarta (27)”, disse Marcos Rioli, promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Rioli explica que os dois empresários presos lavavam dinheiro do PCC nas suas lojas de automóveis e seriam ligados a traficantes da cúpula da facção criminosa. O alvo do plano de execução era o promotor Amauri Silveira Filho, já o comandante da polícia não teve o nome divulgado.
Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. O Gaeco informou, ainda, que a execução do promotor e do comandante ocorreria com o suporte de um carro blindado aos criminosos do PCC.
“Com apoio da Polícia Militar, o tentame foi contido por meio da Operação Pronta Resposta. Pronta resposta, a propósito, que será dada por nossa instituição a qualquer um que desafiar o Estado Democrático de Direito, cuja marca é o império da lei”, afirmou Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça do MP-SP.
O governo paulista informou que os dois empresários investigados teriam contratado atiradores e providenciado veículos e armas para a emboscada. "No entanto, o plano foi descoberto ainda na fase de preparação, segundo os investigadores", completou em nota.
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Nesta quinta (28), a Polícia Federal coordenou três operações simultâneas em oito estados contra um sofisticado esquema do PCC para adulterar combustíveis e lavar dinheiro em postos e fintechs, com uma estimativa de R$ 52 bilhões em movimentação financeira em quatro anos.
Pelo menos R$ 8 bilhões em impostos sonegados já foram descobertos, além de R$ 30 bilhões em 40 fundos de investimentos.








