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Evolução do crime

PF apreende barco semissubmersível usado para tráfico internacional de drogas

PF apreende barco semissubmersível usado para tráfico de drogas
Embarcação semissubmersível apreendida na Ilha do Marajó, no Pará, seria utilizada para transportar cocaína até a Europa. (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

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A Polícia Federal apreendeu pela primeira vez na região amazônica uma embarcação semissubmersível que seria utilizada para o transporte de cocaína com destino à Europa. A operação foi realizada no sábado (31), na Ilha do Marajó (PA). A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha também participaram da ação.

O semissubmersível é uma mistura de barco convencional com uma plataforma submersível, projetado para manter maior estabilidade com a submersão parcial, dificultando a detecção pelas autoridades.

De acordo com a PF, o equipamento foi construído com madeira da região norte, recebeu um revestimento de fibra de vidro para evitar vazamentos e um lastro maior do que o convencional para manter o equipamento estável. Com motores potentes para a travessia, o barco tem 18 metros de comprimento e capacidade para transportar cerca de 6 toneladas de cocaína.

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A investigação começou em março de 2025 após uma embarcação similar ser apreendida nas águas de Portugal. Segundo os investigadores, os equipamentos foram fabricados na mesma região do Pará, com a finalidade de viabilizar o tráfico transatlântico de entorpecentes.

A PF não encontrou drogas durante a operação, mas prendeu dois suspeitos de associação ao tráfico. Em nota, a PF afirmou que está atenta à “evolução nas estratégias criminosas e seguirá atuando de forma incisiva, com aprofundamento das investigações para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na fabricação, logística e financiamento desse tipo de operação ilícita”.

A operação contou com o apoio da Polícia Nacional da Espanha, da Polícia Judiciária de Portugal e da Drug Enforcement Administration (DEA) dos Estados Unidos. A PF destacou que essas agências “vêm atuando de forma coordenada com a Polícia Federal no enfrentamento às organizações criminosas transnacionais envolvidas no tráfico internacional de drogas”.

FAB mapeou movimentações atípicas na Amazônia

A FAB usou inteligência artificial, imagens de satélite de alta resolução e aeronaves com sensores especiais, que permitiram mapear movimentações fluviais atípicas na Amazônia.

Durante a missão de reconhecimento aeroespacial, realizada pelas aeronaves R-99 da FAB, foram identificadas estruturas navais camufladas entre galpões ribeirinhos, além de padrões logísticos atípicos ao longo de rotas estratégicas nos rios da região.

A FAB informou ainda que as imagens de sensores, obtidas por plataformas aeroembarcadas e espaciais, subsidiaram a mobilização das forças de segurança para a execução da operação.

“O isolamento geográfico da Ilha de Marajó amplia as vulnerabilidades da região, exigindo sofisticação logística por parte das organizações criminosas e também respostas rápidas e precisas das Forças Armadas”, disse a FAB, em nota.

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