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Operação policial

PF apura fraude na UFRJ com envolvimento do Comando Vermelho

Prédio da UFRJ, no Rio de Janeiro.
Prédio da UFRJ, no Rio de Janeiro. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Membros de um grupo criminoso se passaram por familiares de professores universitários falecidos para arrecadar benefícios previdenciários. Em outra frente, utilizavam laranjas e empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido de forma criminosa. O alvo das fraudes é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Essas são as apurações que levaram à deflagração, nesta quinta-feira (30), da Operação Capgras.

A Polícia Federal cumpre cinco mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão, em cidades do Rio de Janeiro e em Mogi das Cruzes-SP. Os criminosos, segundo a PF, destinaram parte dos recursos ao Comando Vermelho.

A facção criminosa está no centro das atenções desde a última terça-feira (28), por conta da Operação Contenção. O governo do estado do Rio de Janeiro informou que realizou 113 prisões e apreendeu 118 armas e 14 explosivos. Ao todo, 119 pessoas morreram, incluindo quatro policiais.

Apesar de tangenciar o Comando Vermelho no caso das fraudes, a Polícia Federal negou participar da Operação Contenção. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou que o superintendente da PF no Rio de Janeiro recebeu um comunicado do governo fluminense, com um convite para participar do combate ao Comando Vermelho. O superintendente negou, alegando que a operação estaria fora do escopo da corporação. Em seguida, comunicou a decisão a Andrei.

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Operação apreende computadores e bens de luxo

Em Mogi das Cruzes, os investigadores encontraram uma estação de trabalho com computadores, arquivos e anotações avulsas. Já em um condomínio de luxo na Barra Funda, apreenderam dinheiro em espécie, uma máquina de contar dinheiro, joias, relógios, celulares, veículos, cofres e documentos.

Ao todo, os envolvidos movimentaram R$ 22 milhões entre janeiro de 2022 e dezembro de 2024. Com os resultados da operação, eles responderão por falsificação de documento público, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A investigação começou após a denúncia de um pensionista da UFRJ. Ele notou a inclusão falsa de um filho como seu beneficiário. Por isso, acionou as autoridades.

O nome da operação é uma alusão à síndrome de Capgras. O transtorno psiquiátrico é caracterizado pela crença de que alguém próximo, geralmente um familiar, foi substituído por um sósia.

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