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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (11) a Operação Código 451 para desarticular uma organização criminosa que atuava na falsificação e comercialização de diplomas de ensino superior para profissões regulamentadas, como direito e engenharia.
De acordo com as primeiras informações, os diplomas falsos eram utilizados para conseguir registros em conselhos profissionais e exercer ilegalmente as atividades. Ao menos 25 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Distrito Federal e em outros 11 estados, incluindo a residência do principal suspeito de liderar o esquema e beneficiários da ilegalidade.
“A investigação apura a atuação de um grupo estruturado, com divisão de tarefas, envolvendo a produção, venda e uso de diplomas falsificados, havendo ainda indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Pelo menos oito dos beneficiários já estariam com registros ativos em conselhos de classe, exercendo funções diretamente ligadas às áreas falsamente declaradas”, disse a PF em nota.
Os diplomas falsos, diz a PF, eram vendidos pelas redes sociais e plataformas de mensagens, de cursos como direito, psicologia, engenharia, biomedicina, fisioterapia, administração e educação física. A investigação teve início após a identificação de um diploma falso apresentado para registro profissional.
A partir da análise do material, foi descoberto um site fraudulento, hospedado em uma plataforma pública, criado para simular um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários.
“O ambiente digital, construído com aparência legítima, continha diversos diplomas falsos em nome de terceiros”, informou a PF.
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Os agentes já identificaram pelo menos 33 diplomas falsos associados ao esquema. A investigação aponta para um grupo estruturado, com divisão de tarefas entre produção, comercialização e uso dos documentos falsos. Há ainda indícios de crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Os alvos da operação poderão responder por crimes como falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal de profissão e receptação. A Polícia Federal também comunicou os conselhos profissionais competentes, que deverão adotar medidas administrativas e disciplinares sobre os registros obtidos por meios ilícitos.








