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Operação Narco Bet

PF procura 11 por suspeita de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em bets

Polícia Federal
Investigação aponta que parte do dinheiro do tráfico internacional de drogas era lavada em bets. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Onze pessoas são procuradas pela Polícia Federal nesta terça (14) suspeitas de fazerem parte de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas nas casas de apostas eletrônicas, as chamadas “bets”. Os mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão são cumpridos na Operação Narco Bet nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.

Um dos suspeitos do esquema está na Alemanha e é procurado pela Polícia Criminal Federal do país europeu (Bundeskriminalamt – BKA). Esta operação é um desdobramento da Operação Narco Vela, desencadeada em abril e que teve como foco a repressão ao tráfico de entorpecentes por via marítima a partir do litoral brasileiro.

“As investigações indicam que o grupo criminoso utilizava técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras em criptomoedas e remessas internacionais, voltadas à ocultação da origem ilícita dos valores e à dissimulação patrimonial. Apura-se, ainda, que parte dos valores movimentados teria sido direcionada para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, as chamadas bets”, disse a PF em nota.

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Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, também foi decretado o bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 630 milhões para reparação dos danos decorrentes das atividades ilícitas.

As primeiras imagens divulgadas pela PF mostram a apreensão de carros e objetos de luxo, grandes quantidades de dólares em espécie e aparelhos eletrônicos.

Os investigados, diz a PF, poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.

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A Operação Narco Vela foi deflagrada pela Polícia Federal em 29 de abril e teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas. O grupo utilizava veleiros e outras embarcações para enviar cocaína sobretudo à Europa e à África.

A investigação foi realizada em conjunto com a DEA – a agência antidrogas dos Estados Unidos – e as esquadras do país norte-americano, Espanha e França. Ao todo, foram emitidos 31 mandados de prisão em cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina), além da indisponibilidade/bloqueio de bens de R$ 1,32 bilhão pela Justiça Federal.

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