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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu que o assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), morta a facadas em 16 de junho de 2025, não teve motivação política. As investigações apontam que a parlamentar, de 49 anos, estaria ligada a uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas e que sua morte foi resultado de disputas internas no grupo. A primeira reportagem reforçando a tese da polícia foi veiculada pela revista Veja.
Elisane, que exercia seu primeiro mandato como vereadora pelo PT em Formigueiro, cidade a cerca de 300 km de Porto Alegre, teria atuado como espécie de “contadora” da facção, segundo informações da polícia. Inicialmente, suspeitou-se que o crime tivesse relação com dívidas contraídas pelo filho da vereadora. No entanto, os investigadores agora afirmam que a dívida era dela própria.
O responsável pelo inquérito, delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, relatou que a vereadora do PT morta no Rio Grande do Sul foi atraída ao local do crime com a promessa de comprar carne a preço abaixo do mercado. O suspeito do assassinato, um jovem de 18 anos conhecido da família, teria marcado o encontro. Lá, a vereadora foi morta com golpes de faca no pescoço e tronco. Nenhum pertence foi levado, o que reforçava a tese de execução da vereadora do PT.
No fim de junho, o autor do crime foi preso. Na última quinta-feira (10), a polícia deteve uma mulher de 26 anos, suspeita de ser a mandante do assassinato. Ela foi presa preventivamente em Gravataí e tem antecedentes por tráfico, associação para o tráfico e ameaça.
A morte da vereadora gerou comoção no início, com manifestações de solidariedade por parte de lideranças petistas e da primeira-dama Janja Lula da Silva. Em publicação nas redes sociais, Janja chegou a afirmar que “a violência contra as mulheres é uma realidade cruel e inadmissível”.
Com o avanço das investigações e as revelações sobre o suposto envolvimento da vereadora do PT com o crime organizado, correligionários ainda não voltaram a se manifestar oficialmente. Nas redes, políticos de oposição, como o vereador Rodrigo Marcial (Novo-RS), criticaram a postura do PT e levantaram suspeitas sobre a origem de recursos em contas da vereadora e de seu filho.
Elisane era a única mulher na Câmara Municipal de Formigueiro e havia atuado como técnica de enfermagem e auxiliar de análises clínicas no hospital da cidade.
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