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Uma pesquisa da Genial Investimentos em parceria com o instituto Quaest, divulgada nesta segunda-feira (3), mostra que 85% dos moradores do estado do Rio de Janeiro apoiam penas mais duras para condenados por homicídios a mando de organizações criminosas.
E, ao contrário da relutância do governo federal, a população fluminense defende classificar grupos do crime organizado como terroristas: 72% são favoráveis à medida. A demanda por medidas mais severas reforça a percepção de que a segurança pública precisa de ações firmes e coordenadas.
Em contrapartida, 72% dos entrevistados rejeitam a flexibilização do acesso às armas, contra 24% que responderam apoiar o porte ou a compra de armamentos. Entre eleitores que responderam ser de esquerda e apoiadores de Lula, mais de 70% se opõem à medida. Já entre eleitores de Bolsonaro e que se consideram de direita, o apoio à flexibilização ao uso de armas supera 50%.
Além de penas mais duras, moradores do RJ defendem efetivo das Forças Armadas
A pesquisa Genial/Quaest mostra também que 59% dos fluminenses apoiam a decretação de uma nova Garantia da Lei e da Ordem (GLO) pelo governo federal. Para a maioria, o uso das Forças Armadas reforçaria o combate à criminalidade e a sensação de segurança pública.
Outras medidas receberam apoio popular expressivo. O uso de câmeras corporais por policiais tem aprovação de 81% dos entrevistados. A PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo federal, conta com 52% de adesão.
Já a pena de morte para crimes graves é apoiada por 58% dos moradores. A frase “bandido bom é bandido morto” divide opiniões e tem o apoio de 51%. Sobre a legalização das drogas, 59% discordam da ideia de que essa política reduziria a violência, enquanto 34% concordam com a afirmação.
Guarda Civil armada divide opinião popular
Ao contrário da maioria das capitais brasileiras, o efetivo da Guarda Civil Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro não é armado. A medida já foi à discussão diversas vezes, sem consenso. E essa divergência de opiniões novamente se evidencia na opinião popular: conforme a pesquisa Genial/Quaest, 47% dizem que a corporação não deve trabalhar armada.
Outros 46%, no entanto, defendem que a Guarda Civil seja armada e que a cidade seria mais segura por isso. Outros 4% não opinaram sobre essa questão específica e outros 3% preferiram não responder.
A pesquisa de segurança pública ouviu 1,5 mil pessoas em 40 municípios do estado entre 30 e 31 de outubro, logo após a megaoperação. A margem de erro é de três pontos percentuais.
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