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A primeira classe da Singapore Airlines é considerada a melhor do mundo desde 2018 pela Skytrax, o principal ranking global de qualidade das companhias aéreas. Apesar de contar com voos de outras empresas premiadas pelo conforto e serviço de luxo, como Emirates Airline e Qatar Airways, o Brasil está fora da malha de rotas da companhia de Singapura.
Desde 2017, a empresa oferece aos clientes duas suítes privativas nos aviões Airbus A380, com opções individual ou para casal, na qual as poltronas da marca Fau se transformam em uma cama. A cabine pode ser fechada por uma porta deslizante que tem persianas controladas por controle remoto para garantir privacidade.
Na lista de funcionalidades e itens de serviço, a primeira classe da Singapore Airlines ainda conta com:
- monitor touchscreen de 32 polegadas, acompanhado de fones de ouvido da Bang & Olufsen
- internet de banda larga sem custo adicional durante todo o voo
- controle da cabine, como poltrona e iluminação, e de solicitação de serviço por meio de tablet sem fio
- tapetes e compartimentos acolchoados em couro para acomodar itens pessoais
- louças de porcelana fina de Wedgwood e toalhas de linho na mesa para refeição
- opções de refeições preparadas por chefs reconhecidos internacionalmente
Para voar em uma dessas suítes, o passageiro precisa desembolsar, em média, US$ 23 mil (cerca de R$ 120 mil), para voos de ida e volta. Só que as suítes do A380 estão disponíveis em poucas rotas, partindo do aeroporto de Changi, em Singapura, para Londres, Frankfurt, Mumbai, Sydney, Tóquio, Nova Déli e Mumbai, com extensões para cidades dos Estados Unidos.

Brasil está fora do radar da Singapore Airlines desde 2016
No caso do Brasil, o Airbus A380 não tem alcance suficiente para um voo direto a partir de Changi. Dessa forma, a Singapore Airlines teria de realizar uma escala em algum aeroporto da Europa ou África e seguir viagem, como ocorre com as ligações para os Estados Unidos, desde que haja demanda suficiente de passageiros.
A Singapore Airlines já voou para o Brasil nessa estratégia. Em março de 2011, a companhia aérea inaugurou a rota Singapura-Barcelona-Guarulhos, com três voos semanais. Os voos eram operados pelo Boeing 777-300ER, com capacidade para 278 passageiros, e se mantiveram por seis anos.

Em outubro de 2016, porém, a Singapore Airlines decidiu cancelar as operações no Brasil devido à baixa ocupação na perna entre Barcelona e Guarulhos. Naquele ano, os voos eram operados com ocupação média de 64%, abaixo dos anos anteriores, que passavam de 70% — em 2013, superou os 83% de ocupação.
Ao cancelar os voos para o Brasil, a Singapore Airlines comunicou ter sido uma “decisão difícil”, mas baseada em “um resultado do fraco desempenho contínuo da rota”. Desde então, a companhia aérea não cogitou mais retornar para Guarulhos ou iniciar outro destino no Brasil, sem a chance de os brasileiros experimentarem a melhor primeira classe do mundo. E a América do Sul, como um todo, segue sem serviços da empresa.
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