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O volume de chuva que atingiu Porto Alegre entre sexta-feira (22) e sábado (23) já supera, em alguns pontos, o previsto para o mês de agosto.
Ventos fortes atingiram o aeroporto da cidade. Segundo a administradora do Aeroporto Salgado Filho, cinco pousos e cinco decolagens precisaram ser cancelados neste sábado (23). As rajadas de vento chegaram a 68 km/h no local.
A Defesa Civil de Porto Alegre divulgou que a chuva atingiu 123,3 mm na região do bairro Sarandi entre a meia-noite de sexta até as 16h deste sábado. De acordo com a plataforma Climatempo, a média estimada para o mês de agosto é de 122 mm.
Em algumas regiões da cidade, o volume de chuva superou 108 mm só na sexta-feira. De acordo com a prefeitura da cidade, a média para o mês de agosto é de 120 mm.
Segundo o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec), alguns bairros se aproximaram desse índice na sexta-feira: Lomba do Sabão (108 mm), Passo das Pedras (89 mm) e Agronomia (88 mm).
A tempestade causou transtornos na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), houve 23 ocorrências de queda de árvores ou galhos de grande porte. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) atendeu 29 chamados, relacionados a bloqueios de vias e semáforos desenergizados.
Já o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) anunciou que o sistema de drenagem urbana operou de forma ininterrupta na madrugada e que não houve registros de falhas nas 23 casas de bombas. Houve mobilização de equipes para garantir o funcionamento das redes de drenagem da capital.
O alerta meteorológico da Defesa Civil Municipal segue em vigor até a noite deste sábado (23). De acordo com a plataforma POAClima, da Defesa Civil de Porto Alegre, toda a cidade está sob alerta de risco muito alto.
O interior do estado também está sofrendo com o mau tempo. Até a tarde deste sábado, 34 cidades haviam reportado danos em virtude da chuva, segundo boletim da Defesa Civil estadual.
Dentre as ocorrências, estão o transbordo de rios e arroios, pessoas fora de casa, granizo e imóveis danificados. A situação é mais crítica nas regiões sul, central e na Fronteira Oeste. Ao menos 500 pessoas estavam fora de casa até as 18h deste sábado.




