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Os governadores no espectro da direita e da centro-direita que são cotados para disputar a eleição para presidente em 2026, em oposição a Lula (PT), estão encontrando dificuldades em aumentar as intenções de voto, apesar de a população estar mais familiarizada com eles. Estão nessa situação Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Junior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
Os quatro buscam angariar o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está impedido de concorrer a qualquer cargo público no ano que vem, para tentar desbancar Lula, o provável candidato da esquerda no próximo pleito. De acordo com pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (18), o potencial de voto desses governadores de oposição ao governo federal não é muito diferente daquele registrado em janeiro deste ano, mesmo que sejam mais conhecidos agora do que antes.
O que aumenta, à medida que os eleitores se familiarizam com eles, é a rejeição. Tarcísio, por exemplo, era desconhecido por 45% dos eleitores em janeiro e agora reduziu essa porcentagem para 34%. A rejeição, porém, passou de 32% para 40%. Entre os eleitores que conhecem e votariam nele, o avanço foi de 3 pontos percentuais, de 23% para 26%.
Pesquisa Quaest indica que à medida que os eleitores se familiarizam com governadores de fora de seus próprios estados, a rejeição a eles aumenta.
O governador de São Paulo é apontado no campo da direita como o mais forte para derrotar Lula, apesar de não confirmar, até o momento, a intenção de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. Mesmo assim, ele vem dando sinais mais claros a Bolsonaro, condenando o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) e apoiando a pauta da anistia.
Zema, Ratinho Junior e Caiado seguem o mesmo roteiro entre os governadores de direita
Enquanto Tarcísio declara que deve concorrer à reeleição pelo estado de São Paulo, o governador mineiro lançou pré-candidatura a presidente e vem rodando o Brasil em busca de apoios. Esse movimento tem tornado Zema mais conhecido do eleitorado — passou de 38% em janeiro para 46% em setembro —, mas isso não tem se convertido em intenções de voto.
No começo do ano, 15% afirmaram que conheciam e votariam nele. Agora oscilou para baixo, em 13%. Em compensação, entre os que conhecem e não votariam em Zema, houve um aumento de 23% para 33% dos entrevistados pela Quaest.
Ratinho Junior, governador do Paraná, ainda é desconhecido por 42% do eleitorado brasileiro, mas essa porcentagem era maior em janeiro: 51%. E, ao contrário de Zema, ele conseguiu oscilar o potencial de voto para cima, de 17% para 19%. Ao mesmo tempo, porém, também viu a rejeição aumentar de 32% para 39%.
A situação do governador de Goiás é parecida. Caiado aumentou o potencial de voto de 11% para 14%, mas também teve aumento na rejeição, que passou de 21% para 32%. Isso mesmo sendo, entre os governadores de direita, aquele que mais passou a ser conhecido pelo eleitorado: de 32% em janeiro para 46% em setembro.
- Metodologia da pesquisa citada: 2.004 entrevistados pela Quaest em 120 municípios do Brasil, entre os dias 12 e 14 de setembro de 2025. Nível de confiança: 95%. Margem de erro: 2 pontos percentuais.
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