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Levar um pedaço da Amazônia para o litoral de Santa Catarina é a promessa de um empreendimento imobiliário que está sendo construído na cidade da Penha, no litoral norte catarinense. O principal atrativo do Amazon Parques e Resort é a sustentabilidade – o empreendimento deve ser concluído em 2027.
A estrutura está sendo erguida no caminho que vai para o parque temático Beto Carreiro, uma das maiores atrações da região. A escolha foi estratégica, afirmou Márcio Piccoli, diretor de operações do empreendimento.
“Quem for para o Beto Carrero vai obrigatoriamente passar na frente do Amazon. E, quando estiver em operação, será o empreendimento de mais alto padrão aqui da região”, disse.
O resort terá 28 mil metros quadrados de área construída, com 9 mil delas destinadas ao lazer. Além de piscinas voltadas aos públicos adulto e infantil, o espaço contará com quadras esportivas, lounge e um bosque com trilha de caminhada.
Resort Amazon será focado em recreação e sustentabilidade
“O carro-chefe desse empreendimento será a recreação. Isso vai permitir que os pais possam descansar enquanto as crianças estarão seguras e se divertindo com a nossa equipe de recreadores”, explicou Piccoli, em entrevista à Gazeta do Povo.
Um dos principais destaques do resort é a sustentabilidade, aponta o diretor de operações do empreendimento. Segundo ele, o projeto do Amazon foi elaborado em parceria com uma arquiteta italiana radicada na Suíça. Entre as características do local estão uso racional da água e alternativas para maximizar os recursos naturais.

Isso pode ser visto no projeto do sistema de ar-condicionado do resort. De acordo com Piccoli, em vez de optar por um sistema central de climatização, mais convencional, a escolha foi por um sistema automatizado que oferece o controle de temperatura apenas nas unidades que estão sendo utilizadas.
“Um sistema convencional seria mais simples, mas também consumiria mais energia em um cenário onde há pouca ocupação. Se houver dois ou três apartamentos sendo usados em uma torre, teria que ligar a climatização na torre inteira. No nosso sistema, essa climatização será direcionada apenas para a região onde está o apartamento”, explicou.
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Projeto do resort do Amazon foi alterado por conta de custos de importação
O projeto inicial de arborização tinha a perspectiva de levar espécies da Amazônia para o resort, mas a ideia foi repensada porque, de acordo com Piccoli, as árvores poderiam não se adaptar ao clima da região, principalmente no inverno. Outra mudança foi referente à captação de energia solar pelas janelas dos apartamentos.
“Nossa intenção era trazer esses vidros com placas fotovoltaicas incorporadas. Porém, com os custos de importação determinados pela política econômica do governo federal, se mostraram impeditivos. O custo para trazer os vidros seria equivalente ao de uma torre inteira”, calculou.
No lugar serão utilizados painéis móveis, os quais poderão ser ajustados pelos hóspedes para permitir mais incidência de luz solar durante o inverno e a projeção de sombra no verão. “Isso ajuda a otimizar o uso do ar-condicionado”, comentou Piccolo.
Ao todo, o resort contará com três torres, com um total de 252 apartamentos. As unidades terão entre 35 e 89 metros quadrados de área privativa. Todo o complexo será entregue mobiliado, seguindo os mais altos padrões de hotelaria.

Resorts multipropriedade cresceram no interesse dos investidores
Para Piccolo, o resort Amazon é um exemplo da mudança de postura do mercado imobiliário. Há duas décadas, lembrou o diretor de operações, a procura maior era por casas e sobrados à beira-mar. Hoje os imóveis de multipropriedade, como o empreendimento em Penha, cresceram no interesse dos investidores.
“Antes a pessoa queria uma casa na praia. Mas na prática ela usaria uma, duas semanas, e no restante do tempo o imóvel ficaria vazio. Nesse modelo o cliente compra o direito de uso de suas semanas e não se preocupa com a desvalorização. E por meio dos parceiros que temos no empreendimento, ele ainda pode fazer o intercâmbio dessas datas em outros hotéis ou resorts”, completou.
O empreendimento é ofertado na modalidade de multipropriedade, na qual os clientes adquirem cotas que permitem o direito de uso exclusivo das unidades por um determinado período do ano, de uma a duas semanas. Os valores das cotas variam de acordo com o tamanho dos apartamentos e a quantidade de dias aos quais o cliente terá direito de uso do imóvel.
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