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Estado de guerra

Rio vive “estado de guerra”, diz secretário de Segurança do RJ

Operação contra o Comando Vermelho já é a mais letal da história do Rio de Janeiro.
Operação contra o Comando Vermelho já é a mais letal da história do Rio de Janeiro. (Foto: Antonio Lacerda/EFE)

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“São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem." A fala é do secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, Victor Santos, em entrevista concedida à TV Globo nesta terça-feira (28). Com isso, continua Victor, "esses criminosos dominaram essa região."

"Casas construídas de forma irregular, becos que é impossível fazer o patrulhamento. Isso causa risco maior à população e obviamente aos policiais. [...]. Hoje, por exemplo, utilizaram drones lançando artefatos explosivos contra os policiais e a população. Essa é a realidade, esse Estado de Guerra que a gente vive no Rio de Janeiro", disse Victor.

O secretário ainda trouxe dados para falar da falta de auxílio do governo federal:  "São quase 1900 favelas no Rio de Janeiro. Nós somos o quarto menor estado, mas o terceiro mais populoso. 600 fuzis apreendidos na mão de criminosos. É um diagnóstico muito ruim do Rio de Janeiro."

Em entrevista coletiva, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), lamentou a falta de ajuda do governo federal em operações anteriores: “As nossas polícias estão sozinhas. É uma operação maior do que a de 2010 e, infelizmente, dessa vez, como ao longo desse mandato inteiro, não temos o auxílio nem de blindados, nem de nenhum agente das forças federais, nem de segurança, nem de defesa." Por causa das negativas do passado, o governador decidiu não pedir ajuda federal desta vez. A fala de Victor Santos foi no mesmo sentido.

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Operação visa evitar expansão do Comando Vermelho no Rio

O cenário é parte da Operação Contenção, que visa impedir o avanço do Comando Vermelho em favelas do Rio. A operação ocorre pelas mãos da Polícia Militar e da Polícia Civil do estado. Com 56 mortos confirmados até o momento, entre eles quatro policiais, esta já é a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, superando a do Jacarezinho, em 2021, que terminou em 28 mortes registradas.

A operação se iniciou há um ano, com a ação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). O Ministério Público ddenunciou 70 pessoas por associação para o tráfico e tortura. Entre os investigados está Edgar, conhecido como "Doca". Ele é apontado como responsável pela expansão da organização criminosa na capital fluminense.

O que diz o governo federal

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que atende a todos os pedidos do Governo do Rio de Janeiro. O órgão ainda critica o executivo estadual, por demora no uso dos recursos enviados para o combate ao crime.

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