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Vilipêndio

Secretário de polícia diz que corpo pode ter sido decapitado por criminosos no Rio

Secretário de polícia diz que criminosos podem ter decapitado um dos mortos em operação na zona norte do Rio. (Foto: André Coelho / EFE)

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O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, declarou na tarde desta quinta-feira (30) que criminosos do Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, podem ter vilipendiado um cadáver durante a operação policial desta terça (28). Críticos da operação têm usado o episódio da decapitação de um jovem de 19 anos para acusar policiais.

Na manhã de quarta-feira, moradores da Penha afirmaram ter encontrado dezenas de corpos durante a madrugada na área de mata da Serra da Misericórdia, próximo da operação policial. Os corpos foram enfileirados e geraram imagens fortes, que repercutiram internacionalmente.

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“Quem disse que foi a polícia que cortou a cabeça? Os criminosos podem ter feito novas lesões nos corpos, podem ter feito isso ai (cortado a cabeça) para chamar a atenção da imprensa”, declarou Curi em uma entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na capital fluminense.

Curi afirmou que as acusações serão apuradas, juntamente com as tentativas de alterar provas forenses pelos moradores. De acordo com Curi, a perícia da polícia científica será capaz de determinar se as lesões foram provocadas enquanto estavam vivos ou mortos. Vídeos mostram moradores retirando roupas camufladas dos mortos para dissociá-los do Comando Vermelho e acusar a polícia.

Uma operação conjunta do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro e das polícias estaduais, a operação terminou com 113 presos, além de 118 armas e 14 explosivos. Morreu um número ainda impreciso de pessoas que giraria em torno de 120, segundo os órgãos oficiais. De acordo com o governo estadual, 119 pessoas morreram, sendo quatro policiais.

"Nada a esconder"

Nesta mesma coletiva de imprensa, o secretário de segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, declarou que não tem “nada a esconder” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele vai ao Rio na semana que vem para uma audiência sobre a operação.

“Recebemos todos os paramentares para explicar como foi a dinâmica. Cabe a nós dar esse esclarecimento. Não temos nada a temer, nada a esconder. Na semana que vem, está vindo aqui o ministro Alexandre de Moraes com a mesma missão, com o mesmo objetivo, para que a gente possa mostrar a ele o que as forças policiais do Rio de Janeiro enfrentam”, declarou ele.

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