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A Polícia Federal prendeu na sexta-feira (16), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, Marcos Roberto de Almeida. Conhecido como Tuta, ele é o substituto de Marcola no comando da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A prisão ocorreu com o apoio de agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) do país vizinho.
Tuta foi preso por uso de documento falso. De acordo com a polícia boliviana, ele tentava renovar um documento para residir no país e a busca no sistema internacional de estrangeiros apontou que ele constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol. Com isso, a PF foi acionada para fazer a captura.
Segundo a Polícia Federal, ele está sob custódia das autoridades bolivianas e aguarda procedimentos legais para que seja expulso ou extraditado ao Brasil.
O líder do PCC era considerado foragido desde a deflagração da Operação Shark pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em 2020. A operação mirava a nova cúpula do PCC após a transferência de lideranças da facção para presídios federais em fevereiro de 2019, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
O MP-SP apontou na época que Tuta fazia parte do grupo "Sintonia Final da Rua" e que foi alçado ao comando do PCC por indicação de Marcola. "O Marcos Roberto, vulgo Tuta, já era da sintonia de 1, mas não era o número 1 do PCC. Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola para ser o novo n° 1 do PCC tanto dentro como fora dos presídios. É um velho conhecido nosso, só que em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção", disse o promotor Lincoln Gakiya na ocasião da Operação Shark.
Tuta tem dois pedidos de prisão decretados em decorrência da operação. Além disso, ele foi condenado por organização criminosa, com uma pena de mais de 12 anos.
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