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Madonna no Brasil

A 400 horas do show, fãs já esperam Madonna

Estimativa prevê um total de 50 barracas instaladas na fila em frente ao Estádio do Morumbi, em São Paulo, até o fim de semana

Madonna durante show no México | Reuters/Henry Romero
Madonna durante show no México (Foto: Reuters/Henry Romero)

Eram sete barracas no sábado, dez barracas nesta terça-feira (9) e serão 50 até o final desta semana, prevê o primeirão da fila, o estudante Vinicius Braz, de 21 anos, de Florianópolis. O gargarejo de Madonna exige sacrifícios, investimento e presença de espírito: no meio das barracas, um papel abandonado revela que houve um "bolão" no dia anterior para saber em qual das barracas dormiu um tal de Renato. O prêmio: um ingresso VIP para o show.

O camping dos fãs de Madonna na frente do Estádio do Morumbi foi inaugurado pela barraca de Vinicius na quinta-feira. Ele terá cumprido mais de 400 horas no seu posto quando finalmente chegar ao gargarejo, já que comprou ingresso VIP para o dia 21, ticket pelo qual pagou R$ 600. É o mesmo caso de todos os acampados - cada barraca é "habitada", em média, por 7 pessoas. Todas têm ingresso para a área mais próxima (a mais cara) da cantora no gramado e fazem revezamento para guardar lugar até o dia de seu show.

"Eu sou a sexta barraca ali", aponta Juliana Maria de Jesus, de 24 anos. Ela explica de forma sucinta sua opção: "Madonna é rainha, dizia minha mãe. Isso quando era brega gostar de Madonna. Agora todo mundo diz que gosta. Eu ouço desde criança, ela faz parte da minha vida", afirma Juliana.

"Madonna inspira as mulheres a se tornarem mais saudáveis. Leva a gente a imaginar que, aos 50 anos, a gente ainda vai estar ótima", diz Regiclair Correa, de 37 anos, que "segura a barraca" para um amigo. Enquanto espera o colega de revezamento, diverte-se vendo a movimentação de curiosos e imprensa em torno do pequeno "conjunto habitacional" que montaram.

Hoje, os acampantes acordaram com um barulho de vozes e caminhões e gritos. "Eu dei um pulo e pensei: putz, já tão vendendo a camiseta e o tour book da Madonna, preciso comprar", conta Juliana. Nada disso: era apenas a feira livre que se instalou do lado de suas barracas, com as tendas de caldo de cana e pastel como vizinhas mais próximas.

A diversão dos "madonnistas", durante o dia, segundo Mário Henrique de Oliveira, de 20 anos, é descobrir como gastar o tempo. Conversar, testar os conhecimentos sobre o ídolo, jogar baralho, tudo entra na rotina. Até passear pelas imediações do estádio. "Mas como o tempo anda muito quente, é difícil durante o dia, está todo mundo atrás de uma sombra", diz Vinicius.

Segundo Vinicius, "Madonna já sabe da confusão com os ingressos que houve aqui no Brasil e ficou muito decepcionada". Não cita a fonte, mas tem convicção. "Não acontece isso em nenhum lugar do mundo, e aqui foi uma zona", vaticina.

Os fãs chilenos de Madonna não tiveram tanta sorte quanto os brasileiros. Anteontem, os cerca de 60 fãs que estavam em vigília na frente do Estádio Nacional de Santiago foram desalojados pela polícia, por não terem obtido permissão municipal para acampar. Muitos vieram de regiões distantes, como Hugo Castillo, de Antofagasta, segundo informou o diário El Mercúrio, e não tinham para onde ir.

Madonna chegaria hoje a Santiago, vinda de Buenos Aires, em avião privado e em horário não informado. Iria direto para o hotel Grand Hyatt, onde ficará hospedada.

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