São Paulo - Ator cada vez mais requisitado para filmes estrangeiros, Rodrigo Santoro, de 33 anos, mantém-se fiel às suas raízes brasileiras. Apesar da cansativa rotina de viagens que a profissão tem exigido, ele afirma que não pretende se mudar daqui tão cedo. Prova disso é a variedade de projetos no Brasil que Santoro sustenta para 2009: pelo menos um longa-metragem, uma peça de teatro e uma minissérie para a tevê. "Não pretendo me mudar. Sinto muita falta do Brasil. É complicado ficar viajando, mas todas as minhas coisas estão no Rio Janeiro", diz.
A partir de amanhã, o ator poderá ser visto no cinema em algumas capitais brasileiras (não em Curitiba), no filme nacional Os Desafinados, de Walter Lima Jr., em que interpreta um pianista de bossa nova. Na tevê, ele não trabalha desde 2005, quando foi ao ar Hoje É Dia de Maria, na Globo. Santoro quer fazer outra minissérie, a ser exibida no ano que vem. "Meu projeto atual para a televisão é Som e Fúria [Globo], com direção de Fernando Meirelles. Nunca trabalhei com ele e o admiro muito. Mas participar depende de eu renovar meu contrato com a Globo. Tratarei disso nos próximos dias", diz o ator. Ele não pretende fazer novelas agora por elas serem um "compromisso longo" a mais recente foi Mulheres Apaixonadas (2003), da Globo.
O retorno aos palcos, após dez anos, deverá ter a direção de Luiz Fernando Carvalho, de Hoje É Dia de Maria. "A gente não tem data ainda, a história está amadurecendo." Até agora, o espetáculo teatral Dartagnan e os Três Mosqueteiros (1998) é o único no currículo do ator. Mas o artista deixa claro que sua prioridade é o cinema.
Em 2009, Santoro começa as filmagens de um longa de José Henrique Fonseca sobre o jogador de futebol Heleno de Freitas. Ele terá o papel principal e vai atuar como produtor pela primeira vez. "Estou buscando patrocínio, mas não pretendo abrir uma produtora." Antes disso, Santoro lança na Europa, provavelmente no mês que vem, os dois filmes do americano Steven Soderbergh sobre Che Guevara a data da estréia no Brasil ainda não foi definida. O ator vive Raúl, irmão de Fidel Castro e atual presidente cubano.
Em novembro, ele poderá ser visto no longa argentino Leonera. No primeiro semestre de 2009, estréia o filme I Love You Phillip Morris (Te Amo, Phillip Morris), em que trabalha ao lado de Jim Carrey e Ewan McGregor. O ator diz ainda que há uma porta aberta para voltar à série Lost, apesar da morte do seu personagem, Paulo. "O roteiro tem flashbacks. Tudo fica em aberto."
