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O Stomp conta com 30 profissionais, que se revezam nos espetáculos para não desgastar ninguém. São bailarinos, atores e músicos vindos de várias partes do mundo | Fotos Divulgação
O Stomp conta com 30 profissionais, que se revezam nos espetáculos para não desgastar ninguém. São bailarinos, atores e músicos vindos de várias partes do mundo| Foto: Fotos Divulgação
  • Sem dizer uma única palavra, o grupo interage com a plateia o tempo todo e até ensina alguns truques de palmas. O resultado é incrível
  • Marivaldo dos Santos é o único brasileiro do Stomp que chega a Curitiba

São Paulo - Uma panela, uma pia, uma lata de lixo, uma vassoura. Todos esses objetos do dia-a-dia de qualquer um se tranformam em instrumentos musicais nas mãos do Stomp, grupo de percussão em turnê no Brasil, que teve sua primeira apresentação no País na quarta-feira (18), em São Paulo. O grupo se apresenta em Curitiba nos dias 31 de agosto e 1.º e 2 de setembro, no Teatro Positivo.

Sozinho, o integrante brasileiro Marivaldo dos Santos começa a varrer o chão. Aos poucos, o barulhinho se transforma em música, e mais sete pessoas chegam para ajudar na "limpeza". O show já começa com muito ritmo e movimentos precisos que impressionam.

O espetáculo é uma mistura de tudo o que envolve som e movimento. Balé, sapateado, street, capoeira. E a performance: muito profissional e ao mesmo tempo extremamente natural, o que faz parecer que é possível tirar música de um latão de lixo em casa. Mas é só aparência. Para chegar à coreografia completa, o Stomp chega a treinar oito horas por dia.

O grupo surgiu há 19 anos, na Inglaterra. Hoje existem quatro formações, duas na Inglaterra, uma em Nova York e uma exclusiva para turnês. Cada formação conta com 30 profissionais, que se revezam nos espetáculos para não desgastar ninguém. São bailarinos, atores e músicos vindos de várias partes do mundo. O baiano Marivaldo dos Santos diz que cada um traz sua colaboração para o show e a dele seria o suingue brasileiro.

Sem dizer uma única palavra, o grupo interage com a plateia o tempo todo e até ensina alguns truques.

Um dos pontos altos é a sincronia dos oito integrantes ao acender e apagar isqueiros e fazer um belo espetáculo visual e auditivo. Em vários momentos, é fácil imaginar uma banda de apoio completa, com direito a bateria, atrás do palco. Mas logo as luzes revelam que não há banda, que são os mesmos objetos inusitados.

O show termina com um teste para ver se a plateia aprendeu direitinho o exercício das palmas. E, com vontade de também fazer música, o público do Credicard Hall agradeceu batendo as mãos e os pés.

Um pouquinho de Brasil

Marivaldo dos Santos, 38 anos, é o único brasileiro no Stomp. Ele entrou para o grupo em 1996. Já morava em Nova York e trabalhava para companhias de dança. Um dia, soube que haveria uma audição para novos integrantes e, sem pretensões, fez o teste e foi aprovado.

Baiano de Salvador, ele conta que hoje faz parte do grupo fixo de Nova York, e só está nesta turnê porque ela passa pelo Brasil. Apesar da proximidade de casa, ele diz que não vai visitar a família por falta de tempo, mas que está sempre no país para aproveitar o carnaval.

A jornalista viajou a convite da produção do Stomp.

Serviço

Stomp. Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3315-0808. Dias 31 de agosto, 1.º e 2 de setembro, às 21 horas. Ingressos a R$ 184 (plateia vip), R$ 154 (plateia lateral inferior), R$ 134 (plateia superior central), R$ 94 (plateia lateral superior). Meia-entrada para estudantes, pessoas com mais de 60 anos, professores e doadores de sangue. Classificação indicativa: livre.

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