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Televisão

A Grande Família chega ao fim

Último episódio do programa de humor, no ar há 14 anos, será exibido hoje com atores convidados e clima de celebração

O elenco da série, que ficou 14 anos no ar, e tratou dos dramas e alegrias da família do patriarca Lineu (vivido por Marco Nanini) | João Miguel Júnior/TV Globo
O elenco da série, que ficou 14 anos no ar, e tratou dos dramas e alegrias da família do patriarca Lineu (vivido por Marco Nanini) (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo)

Após 14 anos no ar, a série A Grande Família, da Rede Globo, termina hoje, mas em atmosfera de festa e homenagem.

No 489.º e último capítulo da comédia de costumes, atores convidados incorporam os personagens centrais da atração. Na trama, eles são contratados para atuar em uma série sobre a vida da família Silva – que termina muito unida.

"Os finais dos personagens já foram contados no capítulo anterior, após seguirmos uma tendência mundial de trazer mais drama ao seriado, sem fugir da comédia", diz a roteirista Adriana Falcão. Ela define o episódio de encerramento como uma grande homenagem.

Nele, a família de Lineu (Marco Nanini) vira inspiração de uma série na própria Globo. Com aprovação de todos, Tony Ramos e Glória Pires assumem o papel de Lineu e Nenê. Bebel, Agostinho e Florianinho são vividos por Deborah Secco, Lázaro Ramos e JP Rufino. Já Marcelo Adnet se encarrega de fazer Tuco, enquanto Alexandre Borges e Luana Piovani dão conta de Paulão e Lurdinha.

"Pensamos em quem poderia fazer cada personagem, hoje em dia, e conseguimos grandes atores", diz Adriana.

Marco Nanini conta que a ideia foi gerada em conjunto. "Sempre fomos uma equipe. E foi bonito ver esse time de atores generosos nos prestigiando, vestindo os personagens como se fossem uma nova família."

A última temporada teve média de 20 pontos no Ibope (cada um equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo). Na estreia, em 2001, a série atingia os 22 pontos. Seu ápice foi em 2006, quando alcançou os 40.

"É uma história familiar bem contada e que se confunde com a história do país. É a família mítica do povo brasileiro. Saímos do ar para entrar na história", diz Guta Stresser, a Bebel.

Conquista

Roteirista de A Grande Família no início da série, Cláudio Paiva lembra da rapidez com que o programa atingiu o público.

Para ele, porém, a longa duração de seriados televisivos está fadada ao fim.

"O público, hoje, tem pressa. Na época, estreamos com a proposta de levar ao ar só 12 capítulos, mas o sucesso foi tanto que estendemos ao ano todo. Em poucos capítulos, já nos distanciamos da versão original", conta.

Desde então, a média é de 36 capítulos por temporada. "Muitos redatores passaram pela série, o que foi fundamental para que o público não se cansasse", diz Paiva.

Para ele, porém, o mérito do sucesso não se restringe a isso. "Eram muitos talentos vivendo um grupo de personagens em conflito, mas sempre ligados ao afeto familiar. É uma base muito forte. O público se vê ali."

Paiva lembra que brigou para que o seriado fosse exibido logo após a novela das nove. "A primeira temporada foi ao ar tarde, depois de um programa policial. Quando migramos, elevamos a audiência. Prendemos muitos telespectadores de novela."

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