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Intervenção gráfica de Kako, ilustrador brasileiro com inserção permanente no mercado nativo e no exterior | Imagens: Divulgação/Museu Oscar Niemeyer
Intervenção gráfica de Kako, ilustrador brasileiro com inserção permanente no mercado nativo e no exterior| Foto: Imagens: Divulgação/Museu Oscar Niemeyer
  • Fragmento de uma animação de Ranko Andjelic
  • Ilustração da versátil sueca Linn Olofsdotter

Algumas das veredas e vertentes mais ousadas e inventivas trilhadas por designers, ilustradores e fotógrafos – e isso em âmbito planetário – estão à mostra em Curitiba. Desde o último sábado e até 25 de janeiro, quatro pisos do Museu Oscar Niemeyer (MON) abrigam a exposição Katalogue XXL – New Art, que evidencia o possível ouro que há no mundo da imagem inventada e registrada por humanos.

São mais de 70 trabalhos e três dezenas de criadores. A exibição pública é desdobramento de um livro, já em segunda edição, organizado pelo curador da mostra, o alemão Wilhelm Finger.

"O Finger procura mapear o que de mais interessante aparece na cena do design, da ilustração e da foto", explica a produtora executiva da exposição na capital paranaense, Paola Wescher.

Ela observa que Curitiba é a primeira cidade brasileira a receber a mostra, que já passou por Londres, Paris e Toronto. "O que há de mais expressivo em todo o mundo, no segmento, está na Katalogue", afirma Paola, que destaca a presença de dois artistas brasileiros em meio à seleção mundial de craques do traço e do clique: Flavio B. de Paula e Kako.

Top de linha

Kako, que teve trabalhos selecionados para a Katalogue, e participou da abertura da exposição, é um dos designers brasileiros mais premiado no mundo – este ano, ele foi o responsável por um Leão de Ouro que o Brasil abocanhou no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, a partir de um trabalho realizado para a agência paulistana Almap/BBDO. Na opinião dele, mais do que fazer parte do time "eleito" para encorpar a Katalogue, poder contemplar a exposição é um privilégio raro ("que não pode ser desperdiçado").

"É um coletivo de artistas internacionais que despontam em meio à mesmice. Nunca o Brasil recebeu uma reunião de tanta qualidade e com tanta gente boa como essa", diz o artista, enfatizando que os curitibanos não têm desculpa para não visitar o MON e ainda, a partir do ponto de vista dele, se deliciar com a exposição. A Katalogue fica três meses em cartaz.

Brasil brasileiro

Entre um dos quatro pisos da Torre de Fotografia (a base do "olho") do MON, o eventual espectador terá diante dos olhos animações, gravuras, ilustrações e peças de design gráfico de feras como, além dos dois brasileiros já mencionados, a ilustradora belga Ellen van Engelen, o designer holandês Teis Albers, o ilustrador e designer gráfico polonês Dominik Bulka, o ilustrador lituano Jurate Gacionyte (Bang) – todos consagrados em suas respectivas áreas de atuação.

Idéia-força

No entanto, o curador da mostra comenta que os brasileiros em geral, os curitibanos em particular (apesar desse contato com peças de pontos variados do planeta), devem ter em perspectiva a idéia-força de que design rima com Brasil.

"O mercado brasileiro vem crescendo e descobrindo designers que estão despontando tanto aqui quanto no exterior", diz o alemão Wilhelm Finger, numa alusão não apenas a Flavio B. de Paula e Kako, os dois brazucas presentes nesta Katalogue, mas também a diversos outros talentos made in Brasil.

Versão brasileira

Finger anuncia que, além da edição internacional da Katalogue (livro que se desdobra em exposição), ele pretende – em um breve espaço de tempo – criar a versão brasileira do projeto. "Para que possamos descobrir novos designers e artistas brasileiro e levá-los para fora do país."

O curador, que é diretor de arte e editor, observa que o conteúdo da Katalogue está presente em um volume que traz as folhas soltas. "Para que possam ser utilizadas pelo apreciador como lhe convier". Kako garante que essas páginas ficam bem em qualquer parede, por exemplo, até de quem não é fã de design.

"Mas estudantes e profissionais de design, e os que estão atentos a tendências, ficarão impressionados, fascinados, emocionados até."

Katalogue, bem mais que uma exposição e mesmo um livro, é apenas a ponta de um iceberg – de insuspeitas vanguardas contemporâneas.

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Serviço

Katalogue XXL – New Art. Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400. Até 25 de janeiro de 2009. De terça à domingo, das 10 às 18 horas. R$ 4 (inteira) e R$ 2 (estudantes). Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.

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