Veneza Vinte e cinco anos depois da estréia de Blade Runner O Caçador de Andróides (foto) e depois de quatro versões, o diretor Ridley Scott disse estar finalmente satisfeito com a última montagem do filme transformado em mito e que, ao contrário dos robôs humanóides que a protagonizam, os replicantes, parece ter vida eterna.
Assim garantiu o cineasta britânico, que completa 70 anos em novembro, na entrevista coletiva de apresentação do filme exibido fora de competição no 64.º Festival Internacional de Veneza.
Para os que viram a versão anterior, Blade Runner: The Directors Cut (a montagem do diretor), de 1992, a nova apresenta pequenas inovações que não alteram o espírito do filme, como ocorreu com o original, de 1982. A versão de 2007 apresenta planos que contribuem para perfilar os personagens e suas relações, especialmente a do policial e a personagem interpretada pela atriz Sean Young, assim como alguns ajustes na inesquecível trilha sonora composta por Vangelis. Outros planos que nunca convenceram Scott foram retocados graças à tecnologia digital. Entre eles, explicou Lauzirika à agência Efe, estão a inclusão do rosto da atriz Joanna Cassidy na seqüência da perseguição de sua personagem, onde antes era possível perceber a presença de uma dublê na cena.
Também foi modificado o vôo da pomba que finaliza o famoso monólogo final do ator Rutger Hauer, presente hoje na entrevista coletiva e cujas "naves em chamas além de Orión" ficaram marcadas na mente de várias gerações.



