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Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos, da Cia. do Abração, e E Se..., da Tato Criação Cênica: linguagens distintas para atrair a atenção das crianças | Divulgação
Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos, da Cia. do Abração, e E Se..., da Tato Criação Cênica: linguagens distintas para atrair a atenção das crianças| Foto: Divulgação

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1º Pequeno Grande Encontro de Teatro para Crianças de Todas as Idades

Programação

Dia 2, às 19h30: O Trenzinho Caipira, com a Cia. do Abração.

Dia 3, às 19h30: MMM – A Montanha do Meio do Mundo, com a Obragem Teatro e Cia.

Dia 4, às 16 horas: O Olho D´ Água, com a Cia. Pé no Palco.

Dia 5, às 11 horas: Sonho de uma Noite de Verão, com a Cia do Abração. Às 16 horas: Um Mundo Debaixo do Meu Chapéu, com a Cia. do Abração.

Dia 9, às 19h30: Terezinha – História de Amor e Perigo, com a Cia. Filhos da Lua.

Dia 10, às 19h30: Ópera de Carvão e Flor, com a Cia. Filhos da Lua.

Dia 11, às 16 horas: E Se..., com a Tato Criação Cênica.

Dia 12, às 11 horas: Estórias Brincantes de Muitas Mainhas, com a Cia. do Abração. Às 12 horas: Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos, com a Cia. do Abração.

Onde

Teatro da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280), (41) 2118-5111. R$ 10 e R$ 5.

  • Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos, da Cia. do Abração, e E Se..., da Tato Criação Cênica: linguagens distintas para atrair a atenção das crianças

Os pais que se preparem para tirar seus filhos de casa, pois dois festivais movimentarão a programação teatral direcionada ao público infantil desde os primeiros dias de julho até o começo de agosto. Na próxima quinta-feira (2), o Trenzinho Caipira inaugura o 1º Pequeno Grande Encontro de Teatro para Crianças de Todas as Idades. De sábado (4) em diante, serão os seres manipulados a invadir a cidade, durante o 1º Circuito de Teatro de Bonecos, realizado pelo Dr. Botica e Cia. Manoel Kobachuk (leia mais na matéria ao lado).

Abre-se uma boa oportunidade de se pensar sobre esse teatro feito para uma plateia em formação. Era essa, de fato, a vontade de Letícia Guimarães, diretora artística da Companhia do Abração, quando convidou os grupos de Fátima Ortiz (Pé no Palco) e Renato Perré (Filhos da Lua), entre outros artistas locais, para a montagem de um festival ainda modesto, mas que concentra algumas das melhores produções do gênero feitas em Curitiba nos últimos anos.

Queria resgatar um momento passado,entre as décadas de 1970 para 1980, quando a cidade "foi palco de uma mudança do pensamento do teatro para crianças nacional", diz Letícia. "Encontravam-se aqui pessoas do Brasil inteiro, pensadores de teatro para criança, como Ilo Krugli, do grupo Vento Forte, e Maria Clara Machado", recorda. Reformularam a concepção de teatro para crianças, preocupados em não desmerecer a inteligência do pequeno público e se aproximar dos conceitos de arte-educação.

"Um teatro que não idiotiza a criança, que agregue valores, bens culturais, se preocupe com o lúdico, mas vá além do entretenimento e participe da formação do que a gente está chamando de homem novo, com sua sensibilidade mais apurada para compreender o mundo", observa a diretora, que se considera uma herdeira daquela geração.

O 1º Pequeno Grande Encontro de Teatro para Crianças de Todas as Idades nasce com dimensões reduzidas. Reúne dez espetáculos, cada um apresentado apenas uma vez, no Teatro da Caixa, para, ao fim do espetáculo, dar voz à conversa entre diretor e público.

Sem restrição de idade. Desde os anos 1970, o termo "infantil" já havia dado lugar ao "para crianças", na tentativa de desviar da impressão de infantilizado ou de arte menor. A Cia. do Abração estende o alcance "para todas as idades". "É um conceito com o qual gostamos de trabalhar, porque não foca em uma faixa etária específica, mas em um estado de sensibilidade primitivo, essencial, que a gente acredita que todo ser humano tem", diz Letícia.

Histórias

Na programação do encontro, estão cinco espetáculos do repertório do grupo, desde o primeiro, Sonho de uma Noite de Verão – criado em 2002 e maturado por sete anos de pesquisa ininterrupta. Diretores de referência no Paraná, Fátima Ortiz revisita seu O Olho D’ Água e Renato Perré participa com Terezinha – História de Amor e Perigo e Ópera de Carvão e Flor. A novata Tato Criação Artística, de Dico Ferreira e Katiane Negrão, comparece com E Se..., no qual a linguagem de animação das mãos dá vida a personagens carismáticos, como a vaca Mimó e um morador de rua.

À Cia. Obragem, cabe a tarefa de adicionar alguma novidade à grade. Na próxima sexta-feira (3), realiza a pré-estreia de MMM – A Montanha do Meio do Mundo, segunda obra que dedica ao universo infantil (a outra foi Tuíke), seguindo a mesma intenção de trabalhar a afetividade, que guia o grupo no teatro para adultos.

Roteirizada por Olga Nenevê (também diretora) e Eduardo Giacomini, a peça coloca os atores interagindo com uma projeção de desenho animado, feita por Marlon de Toledo. "Conta a história de uma menina (interpretada por Eliane Dezgeniski) que se sente muito diferente do meio em que vive e, por isso, cria um mundo estranho para ela, até o momento em que descobre que cada pessoa tem suas particularidades e pode encontrar beleza e alegria na convivência com o outro", sintetiza a diretora. A música tema da garota foi composta por Edith de Camargo.

"Tenho percebido cada vez mais núcleos em Curitiba preocupados em construir uma linguagem particular e de muita qualidade no teatro para criança", comenta Olga, citando uma artista que não se apresenta do evento, Regina Vogue. Letícia Guimarães reforça: "Temos muito orgulho do teatro dirigido à criança e à juventude feito em Curitiba. A gente espera que nossa arte transcenda a cidade e volte a ser polo de referência do teatro para a criança no Brasil".

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