
Diretor conhecido por filmes com toques fantasiosos (e com profundidade), o francês Jean-Pierre Jeunet (Delicatessen, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain) entra à vontade no universo de Uma Viagem Extraordinária, em cartaz nos cinemas, em que o ponto de partida é o livro O Mundo Explicado por T.S. Spivet, de Reif Larsen. Tudo gira em torno de um menino de 10 anos, que atende por T.S. Spivet (o cativante Kyle Catlett). A vida do garoto é cheia de contrastes. Spivet é um geniozinho superdotado, com talento para todos os ramos científicos, que vive num rancho de Montana, filho de pais que não poderiam ser mais opostos um cowboy caladão à moda antiga (Callum Keith Rennie) e uma mãe entomóloga, a doutora Clair (Helena Bonham Carter). Nesse ambiente, em que a amplidão da natureza é páreo apenas para a curiosidade de T.S., uma tragédia abalou a família, envolvendo o garotinho, Layton (Jakob Davies), seu filho do meio. Um episódio que, com todo o trauma que criou, é envolto pelo silêncio e por um sentimento de culpa de T.S. Nesse contexto, ele recebe um telefonema, pelo qual é notificado de que ganhou um prêmio de um dos mais renomados institutos científicos do país, o Smithsonian, pela invenção da máquina do movimento perpétuo. Naturalmente, T.S. não vê a hora de receber o troféu, mas tem um problemão ninguém imagina que ele não passa de uma criança, muito menos os organizadores do prêmio.



