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Teatro

A vida celebrada por meio de riso e música

A dupla Tangos & Tragédias apresenta em Curitiba o show que marca seus 25 anos de trajetória, resultado de uma bem-sucedida mistura de música, teatro e humor

Há 25 anos, a dupla Tangos & Tragédias apresenta praticamente um “mesmo” show, com direito a improvisos e participação do público. O humor é um dos “temperos” que faz essa fórmula funcionar |
Há 25 anos, a dupla Tangos & Tragédias apresenta praticamente um “mesmo” show, com direito a improvisos e participação do público. O humor é um dos “temperos” que faz essa fórmula funcionar (Foto: )
Retratos dos artistas enquanto jovens: Nico Nicolaiewsky (acordeão) e Hique Gomez (violino) |

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Retratos dos artistas enquanto jovens: Nico Nicolaiewsky (acordeão) e Hique Gomez (violino)

O que há de novo neste show que marca os 25 anos da dupla Tangos & Tragédias? "Não há novidades. Nós gostamos é de antiguidade", dispara Hique Gomez, 50 anos, que toca violino e, artisticamente, é conhecido como o Violinista Kraunus. Gomez (ou Kraunus) avisa, para os fãs curitibanos, que os aproximados 112 minutos do show serão preenchidos a partir de um roteiro "rígido", que contempla os "momentos memoráveis" do duo durante essas mais de duas décadas de atividades ininterruptas.

Nico Nicolaiewsky, 52 anos, que divide-se entre o piano e o acordeão, também chamado de Maestro Pletskaya, reforça que essa apresentação não terá nada diferente, a não ser o fato de que tudo pode acontecer. Nicolaiewsky apresenta, por meio da Gazeta do Povo, uma "cartilha", passo-a-passo, para o público de Tangos & Tragédias: "O sujeito compra o ingresso, entra no Teatro Guaíra e senta na cadeira. Então, as luzes se apagam. Daí, todos batem palmas. Espera-se o final da música e, novamente, palmas". Questionado se o público pode bater palmas no "meio" de uma música, Nicolaiewsky adverte: "É melhor não, pois o sujeito pode ser convidado para subir no palco."

A interação público e palco é um dos ingredientes que move a dupla Tangos & Tragédias. Hique Gomez tem uma explicação sobre o que acontece nos espetáculos. "Eu e o Nico somos, na verdade, dois sacerdotes. Nosso show é um ritual, como se fosse uma missa. Repetimos músicas, gestos, olhares, tudo isso com a finalidade de mobilizar energia. O público sente que a energia é mobilizada e quer se mobilizar em meio a essa energia. E sabe o que é essa energia? O humor", teoriza Gomez. Ele pede para anunciar que o curitibano ou a curitibana que estiver a fim de subir para dançar em cima do palco, que fique à vontade. "No momento certo, faremos o chamado", comenta Gomes (vulgo Kraunus).

Nesses 25 anos, ou "bodas de prata", houve "tremores de terra". Em alguns momentos, a dupla quase se separou. Mas, como todo casal, a reconciliação viabilizou estradas para a continuidade. Das primeiras performances em bares porto-alegrenses, a química desses dois artistas, que transitam do teatro para a música, segue a funcionar em grandes palcos Brasil afora. Nas apresentações agendadas para esta sexta-feira (8), sábado (9) e domingo (10), o show não termina no palco: eles seguem para o hall do Guairão, onde a performance não terá hora para acabar. Afinal, para os artistas vindos de um país imaginário chamado Sbórnia, tudo é cenário para brilhar. E brincar.

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