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Em 1915, então na parte urbanizada mais alta de Curitiba, o Belvedere foi idealizado para ser o mirante da cidade | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Em 1915, então na parte urbanizada mais alta de Curitiba, o Belvedere foi idealizado para ser o mirante da cidade| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Depois de ter a posse do Belvedere garantida em lei, a Academia Paranaense de Letras (APL) assumiu oficialmente, nesta segunda-feira (18), a posse do imóvel, localizado na Praça João Cândido, no Largo da Ordem, em Curitiba.

A cessão do espaço foi formalizada pelo Governo do Estado, que garantiu a criação no local do Observatório da Cultura Paranaense – uma espécie de centro para promoção da cultura do estado, em cooperação com órgãos governamentais e instituições da sociedade.  Ainda segundo o governo, uma parceria firmada com a Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio) permitirá a implantação de um espaço gastronômico no primeiro andar do Belvedere. A APL irá ocupar o segundo pavimento do edifício.

De acordo com o diretor de Documentação e Acervo da Academia Paranaense de Letras, Ernani Lopes Buchmann, a restauração do espaço do café será assumida pelo Senac-PR. Já as obras de restauro da parte do imóvel destinada aos "imortais" dependerão da aprovação do projeto pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice).

Conforme Buchmann, que ocupa a cadeira número 2 da Academia, com a posse oficial do imóvel a APL agora também torna-se responsável pela segurança do local.

Briga pelo espaço

A ocupação do Belvedere – edifício tombado como Patrimônio Cultural do Paraná – gerou uma pequena "guerra" em Curitiba, no fim do ano passado.

De um lado, a doação do espaço pelo executivo estadual para abrigar a nova sede da Academia Paranaense de Letras, que não tinha, até então, um espaço próprio. De outro, moradores que pediam o uso compartilhado do recinto com a sociedade, alegando que a cessão do Belvedere à instituição dos "imortais" havia sido materializada sem nenhum tipo de discussão pública.

Na época, um grupo de curitibanos chegou a pedir a abertura de um canal de discussão pública sobre a ocupação do local, mas não foi concretizado.

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