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Ana Carolina celebra 15 anos de carreira no Guairão na sexta-feira. Nova fase está mais groove e menos sensível | Leo Aversa/Divulgação
Ana Carolina celebra 15 anos de carreira no Guairão na sexta-feira. Nova fase está mais groove e menos sensível| Foto: Leo Aversa/Divulgação

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Ana Carolina, show da turnê #AC

Teatro Guaíra (R. Conselheiro Laurindo, s/nº), (41) 3304-7982. Sexta-feira, 16, às 21 horas. R$ 250 (plateia), R$ 220 (1º balcão) e R$ 180 (2º balcão). Assinantes da Gazeta do Povo têm 40% de desconto na compra de dois ingressos por titular.

O vozeirão grave e as baladas românticas estão entre os motivos que fazem uma multidão de fãs seguir os passos de Ana Carolina, seja qual for o caminho que ela decida escolher. Seu mais recente CD, por exemplo, vai quase na contramão dos outros trabalhos da artista. Lançado em julho do ano passado, #AC é mais "groove", menos sensível, quase não há profundidade nas letras e soa estranho em muitos momentos. Mas há quem diga que quem gosta da maior parte da obra de um artista, gosta dele e ponto final.

Sendo assim, para celebrar seus 15 anos de carreira, Ana Carolina traz a Curitiba, na próxima sexta-feira, 16, para uma única apresentação no Guairão, o espetáculo da nova turnê, que tem o mesmo nome do mais recente disco. "O show mistura sucessos de todas as fases e canções do #AC. O repertório como um todo ganhou uma roupagem moderna, uma sonoridade mais contemporânea. Também apresento algumas releituras, como "Fire", do Bruce Springsteen, "Coração Selvagem", do Belchior, "Eu Sei Que Vou Te Amar", do Tom [Jobim] e do Vinicius [de Moraes], além de outras surpresinhas", revelou a cantora em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo.

Não dá para ser estraga prazeres e entregar tudo o que vai acontecer na noite de sexta-feira, mas entre as tais "surpresinhas" mencionadas pela artista, estão vídeos que ela mesma dirigiu, filmou e editou. O interesse pela nova aptidão surgiu depois de uma viagem a Nova York, quando Ana Carolina foi gravar com Tony Bennett, e acabou comprando uma GoPro – câmera que faz filmagens também embaixo d’água. "Comecei a experimentar, joguei umas coisas na piscina de casa e quando vi, tinha ótimas imagens. Resolvi então fazer uma música que combinasse e nasceu meu primeiro vídeo, "Sueño Bajo el Água". Depois fiz um curso de edição final e quando Monique Gardenberg veio para dirigir o show, quis aproveitar o que já tínhamos. Ela, que também é cineasta, produziu e filmou vídeos especialmente para o show. O resultado ficou muito interessante e sem dúvida esse elemento virou parte fundamental deste show", contou.

No repertório do show, estão as músicas do novo trabalho, claro, mas também a promessa de interpretar os grandes sucessos. Aliás, ter suas músicas na boca do povo, ou como tema dos protagonistas da novela das seis, das sete ou das nove, não é algo que incomode a mineira. Pelo contrário. "A televisão ainda é no Brasil uma das maiores janelas para chegar a todas as classes sociais. Se por um lado há uma popularização imediata, por outro atrai um público que até mesmo a rádio não atinge. Meu compromisso é com a qualidade e não com a quantidade de gente que vai ouvir uma canção. Pode tocar em uma instalação de arte, em um museu, ou em um carro de pipoca, que para mim o importante é que atinja o coração das pessoas", afirmou.

O tom certeiro na resposta e a opinião firme na ponta da língua também estiveram presentes quando Ana foi questionada pela reportagem sobre uma suposta mudança de seu público. Nos shows da cantora depois do lançamento de Dois Quartos (2006), os homossexuais se multiplicaram na plateia. Mas ela não vê as coisas bem assim e acredita que enxergar isso é, de certa forma, um preconceito. "Meu público é, antes de mais nada, formado por quem gosta de música. Em meu show há homens e mulheres, jovens, casais, padres, bombeiros, enfermeiras, executivos, seres humanos, pessoas com síndrome de down. Não faço distinção entre gays, héteros, não seria coerente ou correto. Somos todos iguais, apesar das diferenças. Uma canção romântica atinge a quem é sensível e tem um par de ouvidos, não importa com quem se relaciona sexualmente", concluiu.

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