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Mundo das artes

Andy Warhol atinge US$ 71,7 milhões em leilão de arte

Obra "Green car crash" é de 1973. Tela é considerada "o Santo Graal de Warhol"

O quadro de Andy Warhol "Green car crash (Green burning car I)" foi arrematado nesta quarta-feira (16) na Casa Christie's, em Nova York, por US$ 71,72 milhões, valor que se aproximou do recorde de obra contemporânea mais cara vendida em leilão, conseguido quarta por uma tela de Rothko.

Há 30 anos nas mãos dos mesmos proprietários, a obra de 1963 do pai da pop art rompe a marca anterior de Warhol, que era de US$ 17,4 milhões, desde a venda de "Mao", em novembro, em Nova York. Na época, o comprador foi um milionário de Hong Kong.

Na terça-feira (15), a tela "White center (Yellow, pink and lavender on rose)", de Mark Rothko, foi vendida por US$ 72,84 milhões, na Sotheby's, em Nova York, um pouco menos do que o valor pago pelo trabalho de Warhol.

"A atividade dos compradores, sem precedentes, fez a venda desta noite entrar para os livros de história", disse a especialista Amy Cappellazzo.

A obra de Warhol, que mostra uma perturbadora cena de um acidente de carro, a partir de uma fotografia de jornal dos anos 60, é uma das mais importantes de sua série "Morte e desastre".

A cena é o registro de um terrível acidente, com um carro em chamas. O corpo do motorista, que foi projetado devido ao impacto, aparece em primeiro plano, cravado num poste, mas ainda vivo.

O que torna a imagem ainda mais mórbida é a figura de um homem que passa pela cena, com as mãos nos bolsos, aparentemente sem preceber o horror do outro lado da calçada.

Brett Gorvy, vice-presidente de Arte Contemporânea da Christie's, diz que "esta pintura é considerada 'o Santo Graal de Warhol' por uma legião de colecionadores de arte do pós-guerra".

Segundo os especialistas, a obra é pertinente por sua mensagem, já que critica a complacência moral da classe média americana da época. É uma espécie de premonição sobre o culto à vaidade do mundo de hoje.

Considerado o astro do mercado de arte contemporânea mais cobiçado e de mais rápida ascensão, Warhol foi um destaque no leilão, com 10 obras oferecidas, vendidas por um total de US$ 136,7 milhões.

"Marilyn limão", um retrato do maior símbolo sexual de todos os tempos, foi vendido por US$ 28 milhões, acima da estimativa de US$ 18 milhões. Foi o segundo maior preço pago em leilão por uma obra de Warhol.

O leilão também destacou um conjunto de obras de Jasper Johns, Willem de Kooning e Rothko que eram "uma rara oportunidade para os vorazes colecionadores internacionais de hoje", segundo Robert Manley, diretor de Arte Contemporânea da casa de leilões.

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