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Visuais

Angulos únicos de Washington Silvera

Artista curitibano inaugura hoje exposição no Muma. Além de seus objetos característicos, há obras inéditas em diferentes formatos

Silvera e seu violão gigante: objetos são o eixo central de seu trabalho | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Silvera e seu violão gigante: objetos são o eixo central de seu trabalho (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

O artista curitibano Washington Silvera vem experimentando novas poéticas em seu trabalho, mas sua marca, os objetos, continuam – na mostra Inventário, que inaugura hoje, às 19 horas no Museu Municipal de Arte (Muma), no Portão Cultural, o público poderá ver obras como um violão de grandes dimensões e uma mesa inusitada. Ele altera materiais, formas e proporções, dando uma aura "enfeitiçada" para as peças, que transitam entre o real e a ficção.

É a primeira vez que Silvera expõe no Muma, lugar com o qual já tem uma relação antiga. "Sempre frequentei o Cine Guarani, os shows no auditório Antônio Carlos Kraide, além de ver as exposições e o acervo. Estou gostando de expor nessas salas bacanas."

Filho de marceneiro, o artista teve desde sempre uma relação próxima com a madeira. "É o que eu consigo desenvolver de melhor." Porém, nunca quis se acomodar e trouxe para a exposição, viabilizada por edital da Fundação Cultural de Curitiba, vídeos, obras com outros materiais e fotografias, na série Natureza Morta.

"Mas o objeto é o fio condutor da minha carreira. Por mais que eu mude. Está no imaginário, é algo íntimo meu", frisa o artista que, conta, sempre havia uma marcenaria nos lugares onde morou na infância. "Via meu pai fazendo os projetos, cálculos. Eu fazia arte e nem sabia. Então, quando entrei no tridimensional, foi muito fácil para mim."

Relações

Na exposição de Silvera, que já realizou mostras em galerias como a Abierta, em Barcelona, e em museus como o Afro Brasil, de São Paulo, e na Fundação Salvador Allende, no Chile, o público pode ter uma experiência antes de chegar ao museu. Podcasts sobre a sua obra, gravados pelo curador, Fabrício Vaz Nunes, por Denis Nunes e pela atriz Pagu Leal (disponíveis no site projetoinventario.com.br), pincelam o trabalho. "São textos engraçados, que dão uma dimensão das obras. O visitante pode baixar o áudio e vir para a mostra munida disso, é algo com humor", diz.

Além disso, Silvera também convidou dois artistas para uma performance na abertura de Inventários: eles vão interagir com a obra Objeto para Performance, uma longa mesa de xadrez. O embate seguirá as mesmas regras do jogo tradicional.

O projeto da exposição, que fica em cartaz até fevereiro do ano que vem, contará ainda com uma conversa entre o artista e o curador (na próxima quinta-feira), no Centro de Arte Digital do Muma, e uma palestra, no dia 4 de novembro, com o artista Guto Lacaz.

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