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Cinema

Animação dá espaço a figuras coadjuvantes

Madagascar 2 chega aos cinemas sem entusiasmar como o antecessor, mas rende boas risadas graças aos pingüins, lêmures e chimpanzés

O leão Alex e a hipopótamo fêmea Glória: a grande escapada | Divulgação
O leão Alex e a hipopótamo fêmea Glória: a grande escapada (Foto: Divulgação)

A última cena de Madagascar, animação de 2005 do estúdio DreamWorks, deixava claro que a trama teria um segundo capítulo. O quarteto protagonista da história – Alex (leão), Marty (zebra), Melman (girafa) e Glória (hipopótamo) – se despedia do público sem conseguir voltar ao zoológico de Nova Iorque, de onde saiu com o plano de passar uma temporada na África.

Três anos depois, uma nova tentativa de deixar o continente africano e retornar para casa é o ponto de partida de Madagascar 2, em cartaz a partir desta sexta-feira.

A continuação da aventura não possui a mesma força e originalidade do primeiro filme, que partia de uma inusitada crise existencial da zebra do grupo para dar início à viagem. A aposta agora é mais convencional: ainda perdidos em terras estranhas, os animais exploram as riquezas da selva e se entregam ao convívio com seus colegas de espécie, numa trama relativamente óbvia.

As falhas de Madagascar 2 são compensadas pelo carisma dos quatro personagens principais. O foco da história se concentra no leão Alex, que representa bem o embate entre civilização e vida selvagem proposto pelo filme.

Também joga a favor a qualidade da dublagem brasileira, que recheia o filme com expressões populares daqui, como "piriri, pororó" e "idéia de jerico", e inclui as conhecidas vozes de Heloísa Périssé (Glória) e Sérgio Loroza (Moto-Moto, hipopótamo novo na estória).

Se há um aspecto em que o segundo filme supera o primeiro, é no do espaço dado aos pingüins, lêmures e chimpanzés, agora mais importantes para a trama e com um repertório de piadas ampliado.

Aos olhos do público dos EUA, que pôde assistir à animação já na primeira semana de dezembro, a equação entre as virtudes e falhas do filme deixa um saldo positivo: no fim de semana de estréia, a animação arrecadou US$ 63,5 milhões – 35% a mais que o primeiro episódio da série. Mas é preciso fazer justiça: grande parte do interesse do público se deve ao sucesso do primeiro Madagascar, que apresentou personagens interessantes. Mesmo quando trabalhados sem muita originalidade, eles conseguem manter seu valor. GGG

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