
Descrito como um "clássico filme de exploração" pelo jornal americano New York Times, o longa brasileiro "Tropa de Elite", dirigido por José Padilha, chegou aos cinemas americanos na última sexta-feira (19), na tentativa de concorrer ao Oscar 2009 nas categorias gerais.
"Um longa sem compaixão, feio, não agradável e freqüentemente incoerente sobre o Brasil e vencedor do prêmio máximo do Festival de Cinema de Berlim deste ano", descreveu o jornal, em uma dualidade com a criticada técnica, porém sucesso já reconhecido.
O jornal descreve o diretor José Padilha como "promissor", depois de ter "voado alto" com "Ônibus 174", o "poderoso documentário de 2002" feito com Felipe Lacerda sobre o seqüestro de um ônibus por um morador da periferia do Rio de Janeiro. "Claramente levado pelos pontos baixos, Padilha retorna a zona de guerra do Rio, desta vez com um longa que ele escreveu com Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani, o autor de Cidade de Deus, hit que claramente inspirou Tropa de Elite", descreveu o jornal.
"Torturas e mortes sangrentas de policiais e traficantes acompanham em meio ao extremamente tenso e nervoso movimento de câmera e edição irregular que transformam os espaços visualmente incoerentes, cruéis e obscuros em confeti", disparou o New York Times, que termina a crítica com uma referência a um diretor considerado "o rei dos filmes B", conhecido por seu trabalho com longas de baixo orçamento. "Em algum lugar, Roger Corman está chorando", finalizou.
"Tropa de Elite" ficou fora da disputa na categoria de Melhor Filme Estrangeiro em 2008 depois de ter perdido para "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias", dirigido por Cao Hamburger, na escolha feita por um comitê do Ministério da Cultura.
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