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Eleita a melhor telenovela de 2009 nesta edição do prêmio Emmy Internacional, "Caminho das Índias" poderá ser vista pelos indianos no próximo ano. Em janeiro, a TV Globo vai apresentar a história do triângulo amoroso entre Maya (Juliana Paes), Raj (Rodrigo Lombardi) e Bahuan (Márcio Garcia) ao mercado internacional, na National Association of Television Program Executives (Natpe) - feira de televisão que acontece em Las Vegas e é acompanhada por executivos de emissoras do mundo inteiro.

Segundo a autora Glória Perez - que falou ao G1 de Nova York, onde na noite de segunda-feira (23) aconteceu o Emmy - 80% dos países da América Latina já compraram os direitos de exibição da trama, dirigida por Marcos Schechtman. "As conversas com a Índia já começaram. Mas só vamos saber em janeiro quais países irão exibi-la. Vamos torcer".

A autora não acredita que a vitória no Emmy tenha se dado pelo fato de a novela mostrar os costumes e o sistema de castas da Índia. "Histórias de amor são universais. Elas agradam se passando na Índia ou numa cidadezinha do interior. Não importa", opinou. "Estou muito feliz com esse reconhecimento".

"Caminho das Índias" concorreu na categoria telenovelas com as filipinas "A time for us" e "Magdusa Ka" e a francesa "Second chance".

Tendo como cenários a Índia e o Rio de Janeiro, a novela mostrou o choque cultural entre os costumes indianos e brasileiros e explicou como funcionam os casamentos arranjados e o sistema de castas no país asiático.

O núcleo carioca colocou em debate temas como a esquizofrenia, por meio do drama do jovem Tarso, interpretado por Bruno Gagliasso, e a psicopatia, com a personagem Yvone, vivida por Letícia Sabatela.

Alguns bordões indianos ganharam as ruas durante a novela como "are baba" e "tike". Com experiência semelhante em "O clone" (2002) - que mostrou os costumes muçulmanos - e "Explode coração" (1995) - que tinha um núcleo cigano - Glória Perez conta como faz para que a inserção das palavras estrangeiras caiam na boca do povo.

"Quando faço a pesquisa, recolho essas expressões no decorrer da convivência com as pessoas da cultura a ser retratada. Você lança um punhado dessas expressões nos diálogos, e o público seleciona naturalmente", explica a autora.

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