
Mesmo que a relação do espectador com as obras não aconteça do jeito ideal, ainda assim há uma função para a arte que “simplesmente” diverte, de acordo com os especialistas ouvidos pela Gazeta.
“Os museus não podem escapar a estas questões: há a necessidade de gerar um aumento de público,até por questões de financiamento; e de formar público”, diz o artista Geraldo Leão. “Quando aumenta a circulação, aumenta também o número de pessoas interessadas seriamente em arte, ainda que em número bem menor.”
Para o crítico Benedito Costa, o papel do museu, no caso de obras que permitem este tipo de interação, “é permitir às pessoas um contato com o diferente, o inusitado, e, por que não?, o espetáculo”.
“Esse museu, que é tão criticado por não ter exatamente uma ‘orientação’, permite às pessoas estarem num mesmo espaço físico, mostrando seu eu, mostrando seu gosto, seja dançando fora do museu, seja visitando seus corredores. Numa época tão delicada para nossa história política e social, o espaço do museu recebe de braços abertos todos. Isso é incrível.”



