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Nem sempre os museus e outros espaços expositivos levam em conta que existe uma demanda de visitantes que não enxergam as obras expostas. Isso não significa que eles querem deixar de ir a esses locais ou de refletir sobre o tema.

No Instituto Paranaense de Cegos, desde 2012, os alunos têm acesso ao projeto “Ver com as Mãos”, que tem o objetivo de incluir o público com deficiência visual nos espaços culturais de Curitiba, realizado por um edital do projeto Criança Esperança. “Trabalhamos bastante o conhecimento dos alunos em arte, dando acesso para diversas linguagens artísticas. Não adianta só exigir que o espaço esteja adaptado, mas sim levar as pessoas preparadas”, diz a coordenadora do projeto, Diele Pedrozo Santo.

Fotografia sob a perspectiva de deficientes visuais

Gazeta do Povo acompanha uma tarde da oficina de fotografia para deficientes visuais realizada na Biblioteca Pública do Paraná

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Uma vez por mês, os alunos visitam algum espaço – na última sexta-feira (3), um grupo de 20 crianças e adolescentes conheceu a mostra “Heróis de Brinquedo”, no Solar do Barão. Nesse caso, a observação fica mais fácil pois as esculturas do artista Thiago Provin podem ser tocadas.

“Tentamos incluir esse tipo de mostra no circuito, ou realizar algum material adaptado. Também oferecemos cursos de capacitação para funcionários de museus, para que as visitas guiadas trabalhem com outros sentidos além da visão”, explica.

A descrição da imagem, em uma exposição de fotografias, por exemplo, é fundamental, diz Diele. “Dessa forma, é possível conversar sobre as imagens. Vamos ao museu não só para olhar, mas para pensar a arte.”

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