Inspiradas pelo conceito do flâneur, o observador apaixonado do poeta Charles Baudelaire (1821-1867), as artistas Ana Procopiak e Isabel Cunha de Almeida percorreram o espaço urbano em busca de momentos fugidios. O resultado de suas caminhadas com a câmera na mão pelas cidades ondem moram ou, por uma razão ou outra, criaram laços afetivos, podem ser vistos na exposição Déambulations Poétiques (confira o serviço completo da exposição), que abre nesta sexta-feira, às 19 horas, na Aliança Francesa. Às 20 horas, público e artistas flanam e conversam entre as imagens singulares surgidas das deambulações poéticas pelos territórios urbanos. Ana registra no revestimento urbano vestígios da natureza, a copa das árvores, que solta folhas e flores, indicando o ciclo vida/morte/vida em meio ao cimento e o asfalto de cidades como Curitiba, Campo Grande e Porto Alegre. Isabel transforma Paris, Teerã e Moscou em fragmentos e geometrias do olhar, evidenciando linhas e formas que, na maioria das vezes, passam despercebidas pelos passantes apressados.
