
Dono de um pequeno espaço teatral na capital argentina, o ator e diretor Claudio Tolcachir estreou em 2005 na dramaturgia e vem recebendo diversos convites para viajar com seu Tercer Cuerpo, segunda obra que escreve.
Com ela, já levou o elenco, composto por cinco atores argentinos, para mais de 20 países, e continua sendo alvo de propostas estrangeiras, entre elas, suecas e norte-americanas. Também recebeu dezenas de prêmios, incluindo o respeitado Maria Guerrero para o texto.
Como em uma novela, há núcleos em Tercer Cuerpo. Uma repartição pública onde os funcionários não são mais necessários, mas continuam a fingir que trabalham, enquanto a "vida real" acontece no núcleo familiar. A casa de um jovem casal, um bar e um consultório médico completam os cenários. A solidão e o desejo de concretizar o amor marcam a vida de todos. A vida monótona e repetitiva no local de trabalho também ganha um peso grave pela imaturidade nos relacionamentos e a má sorte.
Apesar disso, o clima melancólico ganha cores de humor. Como? "Como na vida. Misturo o terrível e o patético, assim como se pode rir com tristeza", disse Tolcachir à Gazeta do Povo. "Sempre escrevo a partir dos personagens, crio seu mundo e cruzo as histórias, tentando deixar as situações mais complexas."
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Serviço:
Tercer Cuerpo. Sesc da Esquina. Dias 30 e 31 de março, às 21 horas.



