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Globo de Ouro

Avatar vence prévia do Oscar

Uma das maiores bilheterias da história, filme de James Cameron atropela concorrência e desponta como favorito ao prêmio da Academia

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...Sandra Bullock (atriz/drama)...

...Meryl Streep (atriz/comédia)... |

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...James Cameron (direção e filme)... |

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...James Cameron (direção e filme)...

e o homenageado Martin Scorsese entre De Niro e DiCaprio |

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e o homenageado Martin Scorsese entre De Niro e DiCaprio

O dinheiro, já diz uma canção do musical Cabaret, clássico de Bob Fosse, faz o mundo girar. Só essa lógica explica por que, na noite de anteontem, em Los Angeles, Avatar e Se Beber, Não Case venceram o Globo de Ouro, respectivamente, nas categorias de melhor drama e melhor comédia ou musical.

Essas premiações têm sua razão de ser, é bem verdade: o filme de James Cameron, também vencedor na categoria de melhor direção, já é o segundo longa-metragem de maior bilheteria da história e o de Todd Phillips tornou-se a comédia R-rated (proibida para menores de 17 anos desacompanhados nos EUA) que mais faturou em todos os tempos. Mas nenhuma das duas produções era, de fato, a melhor em suas categorias. Do ponto de vista técnico, Avatar é um grande espetáculo, mas ter vencido, por exemplo, uma obra do calibre do favorito dos críticos Guerra ao Terror, de Kathryn Bi­­ge­­low, é uma concessão perigosa às forças do mercado em um ano em que o cinema americano nunca fez tanto dinheiro.

O grande perdedor da noite, além do musical Nine, longa de Rob Marshall indicado em cinco categorias mas espinafrado pela crítica e esnobado em todas, foi Amor sem Escalas, um ótimo filme (que es­­treia nesta sexta-feira no Brasil) e o grande favorito da festa. Dizia tudo que se passava por sua cabeça a expressão decepcionada do diretor Jason Reitman quando Avatar foi anunciado por Julia Roberts como o melhor filme dramático do ano. Ele, que também dirigiu a comédia Juno, teve de se consolar com o troféu de melhor roteiro. Achou pouco porque viu o Oscar ficar mais longe.

Nas categorias de interpretação, a única surpresa mesmo foi a escolha de Robert Downey Jr. como melhor ator (comédia/musical) pelo blockbuster Sherlock Holmes. O favorito era Michael Stuhlbarg, por Um Homem Sério, mas o star powerdo atual Homem de Ferro, um ótimo ator, falou mais alto. Já a vitória de Meryl Streep por Julie & Julia eram favas contadas.

Entre os desempenhos dramáticos, o veterano Jeff Bridges deu mais um passo em direção ao Oscar, vencendo o Globo de Ouro por Crazy Heart, no qual vive um cantor country decadente que tenta ressuscitar sua carreira. Sandra Bullock, a essa altura franca favorita ao Oscar de melhor atriz, ganhou como uma mãe de família que luta contra o racismo em O Lado Cego.

Não houve qualquer surpresa entre os coadjuvantes. A comediante negra Mo’Nique fez o me­­lhor discurso da noite ao receber seu troféu pelo drama Preciosa, no qual vive o papel da mãe cruel e amarga de uma jovem duas vezes engravidada pelo próprio pai. A atriz aproveitou a ocasião para fazer um manifesto contundente e muito aplaudido: "Para todas e todos que já foram tocados (sofreram assédio sexual), é hora de quebrar o silêncio".

O austríaco Christoph Waltz, genial como o oficial nazista Hans Landa de Bastardos Inglórios, confirmou seu favoritismo e foi escolhido o melhor ator coadjuvante do ano.

Up – Altas Aventuras levou dois prêmios: melhor animação e melhor trilha sonora, para o belo trabalho do compositor Michael Giacchino. "The Weary Kind", do filme Crazy Heart, faturou o prêmio de melhor canção original.

O excepcional A Fita Branca, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2009, deu ao alemão Michael Haneke um mais do que merecido Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Mas o melhor momento da noite foi mesmo a homenagem a Martin Scorsese, que recebeu das mãos dos atores Leonardo Di­­Caprio e Robert De Niro, protagonistas da maior parte de seus filmes, o troféu Cecil B. de Mille.

Televisão

O Globo de Ouro, que se diferencia das demais premiações por dividir o cinema em drama e musical ou comédia, também escolhe os me­­lhores da televisão. Na premiação de tevê, o seriado Dexter levou dois Globos de Ouro, um para o ator dramático, Michael C. Hall (que está se submetendo a tratamento de quimioterapia contra um câncer), e o outro para ator coadjuvante, John Lithgow, mas perdeu o prêmio de melhor série para Mad Men, de fato a melhor entre as indicadas.

O telefilme Grey Gardens também levou dois prêmios, de melhor minissérie ou filme para tevê e melhor atriz, na mesma categoria, para Drew Barrymore. A série musical teen Glee surpreendeu e levou a estatueta em sua categoria.

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