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Abujamra: inspiração orgânica e releituras
Latas de tinta, bujão de gás, sucata encontrada na rua. Tudo vira som para o Badulaque, a banda de "pop-experimental" curitibana que volta à cena depois de um hiato de mais de dez anos e recebe o multi-instrumentista, cantor e compositor André Abujamra para duas apresentações hoje e amanhã, às 20h30, no Teatro do Paiol, no show Badu Abú.
"O som peculiar da banda, marcado pela percussão que permeia canções com vocação pop, casa muito bem com a sonoridade multicultural do convidado especial", avalia o "badulaqueiro" Val Ofílio. "Tem tudo a ver com a nossa linguagem, o nosso som." Ele explica que Abujamra sempre foi uma referência para a atuação da banda. "É um sonho tocar com ele, principalmente no melhor espaço de música da cidade", acrescenta.
O grupo, formado no final da década de 1990, chamou a atenção com suas performances teatrais, que usam tecnologia e experimentação.
No repertório do concerto, uma mistura entre as composições do grupo, relidas por Abujamra, e a interpretação do Badulaque para as músicas do compositor. "Além de algumas coisas novas e algumas marchinhas de carnaval com temas curitibanos", promete Ofílio.
Antes do encontro, a banda e Abujamra participam de um bate-papo aberto ao público, às 12h30, no Conservatório de Música de Curitiba (R. Mateus Leme, 66), com mediação do músico Heitor Humberto.
