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Na última Bienal do Livro do Rio, uma horda de meninas histéricas, pré e pós-adolescentes, se aboletou junto aos portões fechados dos pavilhões do Riocentro, indóceis para ver a escritora norte americana Meg Cabot, de O Diário da Princesa. Chegaram às 8 horas, quando ela só falaria ao público às 15 horas. Foi necessário convencer Meg a dividir-se em duas sessões. Na edição 2011, que vai de 1.º a 11 de setembro, os fãs de Alyson Noël, Lauren Kate, Hillary Duff, Thalita Rebouças e Eduardo Spohr não precisam se preocupar: a programação foi pensada neles.

A Conexão Jovem, que vai rachar o maior auditório da Bienal, para 400 pessoas, com os Encontros com os Autores (William P. Young, Anne Rice e Eduardo Bueno), é uma das atrações novas desta 15.ª edição. Dos 640 mil visitantes esperados, metade deve ter entre 15 e 24 anos.

"São herdeiros do Harry Potter. O fenômeno mostrou que existe esse mercado leitor para o jovem. Se você não leu, está por fora", brinca Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), organizador da feira, com a Fagga Eventos.

Entre as outras novidades anunciadas ontem por ela e pelos curadores dos espaços temáticos, está um dedicado às ferramentas digitais, que também deve fazer sucesso com os esses leitores. E-readers serão disponibilizados e poderão ser comprados. Na Maré de Livros, voltado aos ainda mais jovens, a promessa é de diversão com as palavras, também com uso de tecnologia.

O Brasil é o país homenageado da Bienal - o que dá início a uma sequência que se estende até 2014 (ano em que será foco da Feira de Bolonha; em 2013, em Frankfurt; e, em 2012, em Bogotá). Curiosamente, 2011 acabou sendo a edição de maior delegação estrangeira: são 23 autores (a maioria, dos Estados Unidos) para 150 brasileiros. O bom momento do Brasil no exterior é creditado como motivo para a aparente contradição. "Nunca tivemos tanta facilidade de fechar os convites", contou Sônia. A presidente Dilma Rousseff abre a Bienal, no espaço Mulher e Ponto, no qual falará dos livros que a formaram.

O Café Literário terá 38 sessões, Sarau Poético e o Debateboca, um bate-pronto que se pretende quente. O Livro Em Cena põe Elba Ramalho para ler/encenar João Cabral de Melo Neto, entre outras "encontros".

Best-sellers em desfile

Scott Turow (EUA) - Autor de dez livros, com mais de 25 milhões de cópias vendidas

William P. Young (EUA) - De "A Cabana", mais de 12 milhões de cópias vendidas

Gonçalo M. Tavares (Portugal) - Um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa atual

Anne Rice (EUA) - 39 livros, 100 milhões de cópias vendidas

Patricia Schultz (EUA) - Autora de "100 Lugares Para Conhecer Antes de Morrer"

Kathryn Stockett (EUA) - "A Resposta" ficou por mais de um ano entre os tops do jornal New York Times

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