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Brichos – A Floresta É Nossa levou três anos para ficar pronto e envolveu uma equipe de 70 profissionais | Divulgação
Brichos – A Floresta É Nossa levou três anos para ficar pronto e envolveu uma equipe de 70 profissionais| Foto: Divulgação

Em cartaz

Brichos – A Floresta É Nossa (Brasil, 2012). Direção de Paulo Munhoz. Com as vozes de Marcelo Tas, Antonio Abujamra e Fabíula Nascimento. Animação. 83 min. Classificação indicativa: livre. Cineplus Xaxim 3, às 15h. UCI Estação 2, às 13h15, 15h10. UCI Palladium 2, às 13h10, 15h05.

O curitibano Paulo Munhoz, um dos nomes mais importantes do cinema de animação no Brasil, descobriu, ou confirmou, que para desempenhar o seu ofício e levar os filmes que realiza até onde o público está, é preciso uma grande dose de ousadia. E ter um pouco de Dom Quixote.

Brichos – A Floresta É Nossa, lançado na semana do Natal, segue em cartaz em Curitiba e em algumas salas brasileiras – chegou a ser exibido em 30 cinemas –, mas o desempenho do filme, sequência do longa-original de 2006, ficou aquém do esperado. Deve fechar a segunda semana de fevereiro, de acordo com a estimativa do diretor, com 15 mil espectadores – a expectativa era que tivesse atingido a marca de 25 mil.

"Quem vê, gosta do filme. Recebemos e-mails, e até uma carta escrita de próprio punho por um menino de Duque de Caxias [na Baixada Fluminense], o elogiando. Mas o público que lota os multiplexes hoje em dia, sobretudo para ver filmes infantis de animação, quer tudo em 3D", diz Munhoz.

O cineasta conta que, ao contrário do que ocorreu na estreia do primeiro filme, dispôs de recursos para investir na campanha de lançamento. Mas o total de R$ 200 mil aplicados (metade desse total foi obtido por meio de um edital da Fundação Cultural de Curitiba) na divulgação é "apenas uma gota d’água no oceano", em comparação às grandes produções internacionais. Ele cita, por exemplo, o caso de Detona Ralph, indicado ao Oscar 2013 de melhor animação, cujo orçamento foi de US$ 130 milhões, e contou com uma maciça e multimidiática estratégia de marketing.

Como boa parte das salas de exibição hoje está instalada em shoppings, ir ao cinema virou uma atividade a mais a se fazer com a família, comenta o diretor. E, com ingressos a R$ 10, R$ 15, a opção sempre acaba sendo por filmes dos quais o público já ouviu falar, que contam com uma divulgação agressiva, capaz de plantar no imaginário dos espectadores, sejam eles crianças ou não, a vontade de vê-los. "Não sobra espaço para o novo, o desconhecido."

Mas Munhoz não desanima. Agora, em fevereiro, a Rede Cinesystem, com 80 salas distribuídas em seis estados do país, vai exibir o filme dentro do Projeto Escola, o que deverá ampliar o número de espectadores ao atingir estudantes de escolas particulares e da rede pública. O diretor também crê que o filme fará uma boa carreira em DVD e na televisão, já que tem boa comunicação com o público, "quando consegue atingi-lo".

Brichos – A Floresta É Nossa levou três anos para ficar pronta e envolveu uma equipe de 70 profissionais. A trama, como no primeiro filme, tem um forte tom de engajamento ambiental. O pano de fundo é a sustentabilidade planetária e o uso predatório dos recursos naturais.

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