
Em A Família, Robert De Niro volta a interpretar seu melhor papel dos últimos tempos, o dele mesmo. O ator está à vontade na pele de um gângster de Nova York (Fred Blake/Giovanni Manzoni), que vive sob a proteção do FBI na França após entregar seus comparsas de crime (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). A interpretação de De Niro está mais para o Paul Vitti, de A Máfia no Divã (1999) do que o jovem Vito Corleone, de O Poderoso Chefão 2 (1974) ou o Jimmy "The Gent" Conway, de Os Bons Companheiros (1990), mas mesmo assim agrada.
O longa-metragem dirigido pelo francês Luc Besson, que estreia hoje nos cinemas, brinca com os clichês das histórias de gângster. No filme, De Niro é casado com Maggie (Michelle Pfeiffer) e pai de Belle (Dianna Agron, a Quinn Fabray do seriado Glee) e de Warren (John DLeo), Fred/Giovanni tem a cabeça avaliada em US$ 20 milhões por ter dedurado os velhos companheiros, e ele e a família precisam mudar de cidade constantemente por causa da perseguição do mafioso Dominic Chianese (Don Mimino).
Típicos americanos, os Blake/Manzoni têm de se ajustar aos modos locais, mas velhos hábitos são difíceis de superar.
O filme é repleto de referências aos clássicos do gênero. Uma das melhores cenas é quando De Niro, que ao mudar para a pequena cidade na região da Normandia se passa por escritor, é convidado para dar uma palestra no cineclube local sobre o filme Os Bons Companheiros. Por causa do conhecimento de causa, a explanação de Blake/Manzoni é um sucesso, para desespero do agente Stansfield (Tommy Lee Jones), responsável pela sua segurança.
A tranquilidade termina quando a família é localizada pelos mafiosos. Eles vão ter de usar todas as suas habilidades para sobreviver. GGG



