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Nas telonas

Buena Vista começa gravar filme sobre o músico Chorão

A Buena Vista Internacional começa a gravar neste mês o longa-metragem "O Magnata", filme do músico Chorão, da banda Charlie Brown Jr. A estréia está marcada para o início do ano que vem nos cinemas. Não é uma autobiografia, como fez o rapper americano Eminem no filme "8 Mile", mas a fita vai falar muito da vida do músico santista, que é representado pelo próprio Chorão. A produção pretende retratar a cena urbana e os jovens que moram em uma metrópole. Tudo, é claro, ao som de rock e de muitas manobras de surf e skate.

- É um filme que flerta pelo certo e pelo errado. Mostra bons e maus comportamentos. Fala de uma geração que está acontecendo agora. Fala da minha geração, das pessoas que vivem em São Paulo, uma metrópole onde tudo acontece - disse Chorão, em entrevista coletiva na terça-feira.

Chorão será o melhor amigo do protagonista, o ator Paulo Vilhena, que vai representar uma estrela do rock que ganha muito dinheiro e ainda financia as suas extravagâncias com a herança deixada pelo pai. Segundo o próprio Chorão, o Magnata é um sujeito imaturo, que vive deslumbrado com o sucesso. No mesmo dia em que ele se apaixona por uma garota recém-chegada de Nova York e imagina que poderá ter uma vida normal, o Magnata comete um crime e os seus sonhos ficam distantes.

- A partir daí, a vida dele se torna um pesadelo e ele começa a se dar conta de que suas atitudes têm conseqüências - disse.

O filme será rodado praticamente todo em São Paulo, com algumas tomadas no litoral norte. A direção será de Johnny Araújo, um especialista em vídeo-clipes. O projeto, segundo Chorão, nasceu em uma mesa de bar, e o esboço do roteiro foi escrito em um guardanapo de papel. Sem nenhuma experiência em cinema, o roqueiro disse que imaginava uma produção independente, logo de início, mas acabou encontrando profissionais capacitados para iniciar a película. O filme tem um orçamento de R$ 5 milhões.

- É um filme que precisa ser feito, um projeto que foi ficando cada vez mais interessante. Os jovens no Brasil não se vêem na maioria dos filmes. Sua realidade nunca é mostrada e é isso que queremos fazer em O "Magnata" - afirmou Fabiano Gullane, um dos produtores.

Chorão disse que a história nasceu primeiro como uma sinopse e, a partir daí, ele começou a desenvolver os personagens. O roqueiro disse que os diálogos femininos foram os mais difíceis de escrever, "já que para um homem é sempre muito complicado saber o que as mulheres comentam entre quatro paredes". Ele disse que não quis colocar os problemas atuais, principalmente da segurança e da violência, como tema central do filme, mas as falas sobre o assunto acontecerão.

- Não trato no filme do descontrole da violência. Esse é um problema da segurança pública. Eles são responsáveis por isso. Nós somos apenas uma geração que está tentando sobreviver a tudo isso. Não há, inclusive, pretensão de moralizar nada. Só estamos contando a história da galera que vive em nichos diferentes. O filme mostra muito o pobre convivendo com o rico. Pessoas diferentes, mas que vivem como amigos - disse Chorão.

- Quando estamos na rua estamos propícios à violência, a sermos assaltados, a tomar um tiro de bala perdida ou de uma figura de uma facção criminosa. E o filme vai mostrar isso também - acrescentou o ator Paulo Vilhena.

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