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Canções de Elis Regina no Dizzy fecham o verão

Festival Elis, Essa Mulher, com oito cantoras locais, celebra a vida e a obra de Elis Regina, que completaria 70 anos no dia 17 de março

Elis Regina “abriu portas” para Aldir Blanc, entre  outros. | Divulgação
Elis Regina “abriu portas” para Aldir Blanc, entre outros. (Foto: Divulgação)

No próximo dia 17 de março a cantoria Elis Regina iria completar 70 anos, não tivesse morrido em janeiro de 1982 em circunstâncias ainda mal explicadas. “Tenho certeza de que ela ainda estaria atuante, cantando, brigando e sem papas na língua”, aposta Yeda Godoy Sabbag, uma das sócias do Dizzy Café Concerto e fã ardorosa da cantora.

Para homenagear o legado de Elis Regina, a casa que programa música ao vivo todos os dias em Curitiba vai realizar o festival Elis, Essa Mulher durante o mês que fecha o verão brasileiro.

Em todas as quartas-feiras de março, duas cantoras curitibanas de idades e estilos diversos interpretam o repertório de fases diferentes da carreira de Elis. A temporada começa nesta quarta-feira (4) com a apresentação de Giseli Canto e Carine Luup. Na semana seguinte, no dia 11 de março, as cantoras Kátia Drummond e Laís Mann dividem o palco. No dia 18 , Rogéria Holtz e Iria Braga reinterpretam Elis e cabe às cantoras Michelle Mara e Ana Cascardo o show de encerramento do festival.

As cantoras serão sempre acompanhadas do trio formado pelo baterista Endrigo Bettega, o baixista Tiago e Duarte e o pianista Jeff Sabbag, também sócio da casa e diretor musical do festival. Os sócios tiveram em conjunto a ideia dos concertos em homenagem a Elis, bem como quem seriam as cantoras convidadas, explica Yeda.

“Quando a gente começou a olhar a obra, pensamos em cantoras que pudessem interpretar fases diferentes da carreira dela. A gente quis colocar cantoras para mesclar todas as facetas de Elis, essa mulher alegre e triste que não tinha vergonha de abrir o peito e sangrar em público”, disse.

No que toca ao repertório dos shows, a direção musical buscou fugir dos grandes sucessões que se tornaram lugares comuns do imaginário da MPB, desgastados por incontáveis execuções em bares no estilo banquinho e violão nas últimas três décadas. Portanto, quem for ao Dizzy para o festival, não irá cantar “O Bêbado e o Equilibrista” ou “Arrastão”.

“Vamos fugir dos chavões. A maioria das músicas são canções lados B de discos da Elis”, adverte Yeda, observando que, em vida, Elis construiu a fama de ser a cantora que mais deu oportunidade a autores inéditos, como os então desconhecidos Aldir Blanc, Gilberto Gil ou Ivan Lins. O Dizzy pretende ainda fazer um quinto show em abril com todas as cantoras reunidas, este ainda não confirmado. “Elis é a maior cantora do país. Em seu tempo também existiram grandes cantoras, mas nenhuma com aquela carga de loucura ‘elisisana’. Foi minha musa e heroína na adolescência. A falta dela mudou o rumo da música brasileira”, conclui Yeda.

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