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Dez anos depois de começar sua carreira solo, o cantor e compositor Carlinhos Brown se firma como um dos grandes representantes da música brasileira no exterior. Sabendo disso, ele acaba de lançar na Europa o disco "A gente ainda não sonhou", que vem tendo grande repercussão, especialmente na Espanha. No sábado, Brown foi destaque no jornal espanhol "El Mundo", onde falou do novo disco, da carreira internacional e até de Bob Marley. Confira trechos da entrevista:

Sobre o tempo sem lançar discos:"Tive que voltar para não esgotar as pessoas, para não trair o carinho que (os fãs espanhóis) tinham me dado com tanta generosidade. Além do mais, tive que ir embora porque devia respeitar os prazos dos compromissos sociais que havia adquirido no Brasil. Agora, volto satisfeito, com a creche terminada, com os ateliês de costura e a escola para crianças funcionando perfeitamente no Candeal".

Sobre o novo disco e a volta aos palcos:

"Pela primeira vez na minha vida, toquei todos os instrumentos em uma gravação, pela primeira vez me dediquei por um ano e meio a um único projeto, e espero que esse esforço, esse carinho, seja percebido na qualidade do disco, o mais maduro de todos que já lancei. Neste momento quero voltar aos palcos, dividir este trabalho com o público. O artista nunca deve estar só".Sobre o engajamento a ser exposto no novo disco:

É muito importante o trabalho com os menores: devem saber que há valores mais além do carro, do mp3, da roupa de marca. Precisamos de disciplina para descobrir a beleza do mundo. Voltaremos uma e outra vez para a Terra em outra alma e em outro corpo e não devemos nos conformar em ver sempre as mesmas desgraças. Nossa responsabilidade é construir um mundo melhor para o futuro, para nosso próprio futuro. A felicidade está por chegar. Temos que dizer a quem está mais próximo de nós: "Lembre que a guerra terminou para os dois". É obrigatório acabar com nossas pequenas brigas íntimas, dentro de casa, a nosso redor..."

Sobre a influência de Bob Marley:

"Na Jamaica, muitos anos atrás, no início do reggae, o maior sucesso nas paradas era de um grupo brasileiro, o Trio Nordestino. O reggae é um ritmo primordial e Bob Marley foi seu primeiro embaixador. Eu admiro Marley, ninguém conseguiu alcançar a relevância dele depois de sua morte, nem como artista nem como líder, seu carisma permanece intacto depois de tantos anos."

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