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Cinema e política em pauta

Luciano fala com desenvoltura sobre cinema. Durante a entrevista, chegou a pedir desculpa. "Me empolgo falando e não paro mais", ri. Aficionado pela sétima arte, o músico declara a sua paixão: "Adoro o cinema brasileiro".

Recentemente, o cantor conferiu produções como Árido Movie, de Lírio Ferreira; O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger; O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia, entre outros títulos. "Gostei muito de Batismo de Sangue (Helvécio Ratton). O elenco é formidável e a história foi muito bem contada, sem cair na pieguice. Não vivi essa época, apenas li sobre o assunto, e o filme conseguiu abordar o tema de uma forma muito bacana", avalia.

Fã de uma boa sessão pipoca, Luciano se considera eclético. "Gosto desde as grandes produções, como 007 e Star Wars, até cinema europeu", garante.

Para o cantor, a fita de Hamburger tem boas chances na corrida pela estatueta, mas precisa ser bastante trabalhada. "É um filme muito bom. Tem política, futebol, criança e questões sobre racismo e preconceito. Tem tudo para sensibilizar a Academia", reforça o artista, que credita também a não-indicação ao Oscar de Dois Filhos de Francisco à brutal concorrência com as poderosas Miramax e Sony/Columbia. "É preciso um grande lobby e muito dinheiro’, observa.

Apesar da excelente repercussão em torno do filme, Luciano garante que não há nenhum plano em vista para a tela grande. "No começo fiquei empolgado, mas é complicado. Temos que criar tempo para ficar com a família. Não descarto parcerias, aliás, é disso que o cinema brasileiro precisa", avalia.

Quando o assunto é política, Luciano é direto. "Estou muito frustrado com o que está acontecendo no país. Apoiei a campanha do Lula no primeiro mandato, mas dois anos e meio depois eu disse: ‘Tô fora’. Tenho o direito de cobrar", fala.

O cantor considera alarmante o distanciamento cada vez maior entre as classes sociais no país e vê com ressalvas a política assistencialista do governo. "Qualquer política social é válida, desde que seja de curto ou médio prazo, mas jamais vitalícia", analisa.

Como cidadão brasileiro, Luciano se sentiu traído com o resultado da novela em torno do senador Renan Calheiros. "Sou amigo dele, mas tem que acabar com essa brincadeira", opina.

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