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Audiovisual

Cinema falado

Será lançado hoje, na Cinemateca, o livro Conversas sobre uma Ficção Viva, registro das seis oficinas e debates com diretores ibero-americanos, realizados em Curitiba desde o ano passado

O roteirista e cineasta Guillermo Arriaga foi um dos convidados do Ficção Viva II | Fotos: Nicole Lima/Divulgação
O roteirista e cineasta Guillermo Arriaga foi um dos convidados do Ficção Viva II (Foto: Fotos: Nicole Lima/Divulgação)
Projeto teve exibições de filmes dos cineastas convidados |

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Projeto teve exibições de filmes dos cineastas convidados

A cineasta Lucrecia Martel: grande nome do cinema argentino |

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A cineasta Lucrecia Martel: grande nome do cinema argentino

O português Miguel Gomes discutiu o seu processo de criação |

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O português Miguel Gomes discutiu o seu processo de criação

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Contando, poucos acreditam. Entre outubro do ano passado e junho de 2013, seis dos cineastas ibero-americanos mais relevantes da atualidade estiveram em Curitiba, onde ministraram oficinas de roteiro e participaram de debates que se seguiram a exibições de títulos importantes em suas respectivas obras. Os convidados foram o cearense Karim Aïnouz (Madame Satã e O Céu de Suely) e o pernambucano Kléber Mendonça Filho (O Som ao Redor); os mexicanos Guillermo Arriaga (roteirista de Babel e Três Enterros, pelo qual foi premiado no Festival de Cannes, em 2005) e Carlos Reygadas (Luz Silenciosa e Tenebras Lux, vencedor do prêmio de melhor direção em Cannes 2012); a diretora argentina Lucrecia Martel (de O Pântano, um dos filmes sul-americanos mais importantes da década passada) e o português Miguel Gomes (Tabu), apontado pela crítica internacional como expoente da produção europeia contemporânea.

Registro

Com patrocínio do Pro­­grama Petrobras Cultural, o projeto, coordenado pelos também realizadores e produtores culturais curitibanos Rafael Urban e Marcelo Munhoz, completa hoje à noite mais uma etapa: o lançamento, na Cinemateca, do livro Conversas sobre uma Ficção Viva. Com 212 páginas e design gráfico assinado pelo estúdio Tijucas, a obra inclui o conteúdo das oficinas e debates, registros fotográficos dos encontros, além de entrevistas inéditas com alguns dos diretores. Munhoz, Urban e a jornalista Mariana Sanchez, assessora de imprensa do projeto, conversaram com Aïnouz, Arriaga e Mendonça, e a transcrição desses bate-papos, nunca antes divulgados, também integram o livro.

Com uma tiragem de mil exemplares, Conversas sobre uma Ficção Viva terá distribuição gratuita de cem exemplares durante o evento de hoje à noite, quando também haverá a exibição, em formato digital (Blu-Ray e DVD), de curtas-metragens dos seis cineastas.

Onda

Para Munhoz, que conversou com a reportagem da Gazeta do Povo por telefone, uma das grandes contribuições desta segunda edição do Ficção Viva foi proporcionar aos participantes – em grande parte estudantes de Cinema e profissionais da área, como roteiristas e diretores – a sensação de que eles podem, sim, "adotar novas estratégias de trabalho", ousando na linguagem, buscando novos caminhos narrativos. "Como disse o Kléber Mendonça quando esteve aqui, um projeto como esse é uma ação que tem efeito de onda, que poderá ser percebido nos trabalhos de quem fez as oficinas daqui a algum tempo."

Segundo Munhoz, a ideia de trazer à cidade um time tão seleto de realizadores, que também são roteiristas, surgiu quando ele e Urban começaram a pensar em um formato ideal para o Ficção Viva II. Já em um primeiro momento, pensou-se em convidar realizadores latinos ou ibero-americanos e Urban sugeriu que elaborassem uma lista de 50 diretores com até 50 anos de idade. Muitos dos seis que participaram do Ficção Viva II integravam esse grupo.

Uma terceira edição do projeto está sendo pensada e deve acontecer entre 2014 e 2015, também com nomes importantes do cinema brasileiro e internacional, embora nenhum já esteja confirmado. Munhoz diz que é possível que o foco das oficinas seja estendido a outras áreas, como a atuação e a montagem, mas o projeto ainda está em fase elaboração.

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